A comemoração dos 200 anos do nascimento de Darwin e dos 150 da publicação "A origem das espécies" que mostrou ao mundo a teoria da selecção natural é, segundo Mariano Gago, uma boa “oportunidade” para fazer cultura científica em Portugal.
A apresentação do “Ano Darwin” aconteceu hoje no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lembrou durante a apresentação que Darwin fez algumas das suas primeiras observações em território português, nomeadamente nos Açores, quando iniciou a sua viagem de exploração do Atlântico Sul a bordo do Beagle.
O ministro considerou que está ainda por se “fazer a História de Darwin em Portugal". Concretamente, não existe uma catalogação de todas as publicações em português sobre o célebre naturalista inglês, uma história dos debates que chegaram e se produziram em Portugal, e ainda a história da sua correspondência com portugueses. São tarefas para cuja realização exortou os investigadores e historiadores da ciência como parte de uma actividade consistente para "nos devolver o passado, que não existe feito, tem de se construir".
As comemorações do "Ano Darwin" vão ter um programa de iniciativas promovido em parceria pela Agência Ciência Viva e os Laboratórios Associados. Mariano Gago chamou também a atenção para o portal www.Darwin2009.pt, como plataforma universal de informação sobre as múltiplas actividades a decorrer durante o ano no país e no estrangeiro, e sobre material educativo produzido para as escolas a propósito destas celebrações.
De entre essas iniciativas, destacou a exposição "A Evolução de Darwin" a inaugurar na sede da Fundação Calouste Gulbenkian a 12 de Fevereiro, e que transitará em Junho para o Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid, antevendo-a como "provavelmente a melhor exposição sobre Darwin na Península Ibérica".
A intervenção de Mariano Gago antecedeu uma conferência proferida por Michael Ruse, da Universidade da Florida (EUA), considerado um dos mais destacados filósofos da Biologia a nível mundial e autor de uma vasta obra e de numerosos livros, entre os quais "O Mistério de Todos os Mistérios", editado em Portugal.
"Estará o Darwinismo fora de prazo?" era o título da conferência, e a resposta foi "não", sendo que na sua perspectiva o evolucionismo por selecção natural está tão actual como há 150 anos, apesar de todos os desenvolvimentos científicos entretanto ocorridos, designadamente no domínio na Biologia Molecular. "A teoria da evolução transformou-se, mas é a mesma, e o mesmo está a acontecer com as críticas ao evolucionismo", afirmou.
"Na actualidade, o que se critica não é evolução em si mesma mas as mudanças de estilo de vida e de perspectiva social a ela associadas, como o feminismo, a interrupção voluntária da gravidez ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo" - comentou. Mas, para este filósofo, nada melhor do que a crítica e o debate de ideias para estimular a Ciência.
A apresentação do “Ano Darwin” aconteceu hoje no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lembrou durante a apresentação que Darwin fez algumas das suas primeiras observações em território português, nomeadamente nos Açores, quando iniciou a sua viagem de exploração do Atlântico Sul a bordo do Beagle.
O ministro considerou que está ainda por se “fazer a História de Darwin em Portugal". Concretamente, não existe uma catalogação de todas as publicações em português sobre o célebre naturalista inglês, uma história dos debates que chegaram e se produziram em Portugal, e ainda a história da sua correspondência com portugueses. São tarefas para cuja realização exortou os investigadores e historiadores da ciência como parte de uma actividade consistente para "nos devolver o passado, que não existe feito, tem de se construir".
As comemorações do "Ano Darwin" vão ter um programa de iniciativas promovido em parceria pela Agência Ciência Viva e os Laboratórios Associados. Mariano Gago chamou também a atenção para o portal www.Darwin2009.pt, como plataforma universal de informação sobre as múltiplas actividades a decorrer durante o ano no país e no estrangeiro, e sobre material educativo produzido para as escolas a propósito destas celebrações.
De entre essas iniciativas, destacou a exposição "A Evolução de Darwin" a inaugurar na sede da Fundação Calouste Gulbenkian a 12 de Fevereiro, e que transitará em Junho para o Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid, antevendo-a como "provavelmente a melhor exposição sobre Darwin na Península Ibérica".
A intervenção de Mariano Gago antecedeu uma conferência proferida por Michael Ruse, da Universidade da Florida (EUA), considerado um dos mais destacados filósofos da Biologia a nível mundial e autor de uma vasta obra e de numerosos livros, entre os quais "O Mistério de Todos os Mistérios", editado em Portugal.
"Estará o Darwinismo fora de prazo?" era o título da conferência, e a resposta foi "não", sendo que na sua perspectiva o evolucionismo por selecção natural está tão actual como há 150 anos, apesar de todos os desenvolvimentos científicos entretanto ocorridos, designadamente no domínio na Biologia Molecular. "A teoria da evolução transformou-se, mas é a mesma, e o mesmo está a acontecer com as críticas ao evolucionismo", afirmou.
"Na actualidade, o que se critica não é evolução em si mesma mas as mudanças de estilo de vida e de perspectiva social a ela associadas, como o feminismo, a interrupção voluntária da gravidez ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo" - comentou. Mas, para este filósofo, nada melhor do que a crítica e o debate de ideias para estimular a Ciência.
Lusa
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