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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Células animais e vegetais

As células eucarióticas são caracterizadas por apresentarem um sistema endomembranar com estruturas muito organizadas e individualizadas e entram na constituição, por exemplo, das plantas e dos animais. Não obstante as células animais e as células vegetais evidenciarem diferenças entre si, ambas possuem núcleo, membrana citoplasmática, hialoplasma, ribossomas, retículo endoplasmático (liso e rugoso), complexo de Golgi, vacúolos hídricos, mitocôndrias e citoesqueleto.

As células vegetais encontram-se compartimentadas pela parede celular rígida, apresentando, por isso, quase sempre, forma poliédrica. Nas plantas, a parede celular é composta, fundamentalmente, por camadas de celulose que se espessam com o crescimento e desenvolvimento da célula, protegendo-a das agressões do meio externo e proporcionando suporte estrutural. Para além das células das plantas, também as células dos fungos e as células procarióticas apresentam parede celular. Nas células procarióticas, a parede celular é constituída por peptidoglicano e nas células dos fungos (eucarióticas) é composta por quitina.

Para além da parede celular, os cloroplastos são também organitos característicos das células vegetais e ausentes das células animais. Contudo, nem todas as células vegetais apresentam cloroplastos. As células dos órgãos subterrâneos, por exemplo, são desprovidas destes organitos, apresentando outro tipo de plastos (amiloplastos, por exemplo, que constituem reservas de amido). Nas plantas, apenas os tecidos aéreos verdes possuem cloroplastos (folhas, caule). A função dos cloroplastos é a realização da fotossíntese, permitindo às plantas a produção de matéria orgânica.

Os vacúolos, cavidades delimitadas por membranas e com função de armazenamento de água, compostos orgânicos, pigmentos, iões, gases e produtos tóxicos, predominam nas células vegetais, onde são em menor número, mas de dimensões elevadas, ocupando grande parte do volume das células mais velhas. Alguns vacúolos podem, ainda, acumular enzimas hidrolíticas – vacúolos líticos.

As células animais apresentam, normalmente, uma maior variedade de formas uma vez que não possuem parede celular. É a membrana citoplasmática que, neste tipo de células, define o limite entre o meio interno e o meio externo. Os centríolos (estruturas relacionadas com a divisão celular) e os lisossomas (estruturas com enzimas digestivas) são organitos que apenas se encontram nas células animais.

Ao microscópio ótico composto, é, sobretudo, a existência de cloroplastos, parede celular e de vacúolos de grandes dimensões que permitem distinguir a célula vegetal da animal.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Fotossíntese: espetro de absorção dos pigmentos

A fotossíntese é um processo pelo qual, utilizando a energia luminosa, os seres fotoautotróficos produzem matéria orgânica a partir de dióxido de carbono e água, com libertação de oxigénio.

A fotossíntese não se resume apenas às plantas; alguns protistas (por exemplo as algas) e as cianobactérias realizam-na também. Contudo, nestes últimos organismos, o processo tem lugar ao nível de lamelas internas localizadas no citoplasma ou em extensões da membrana citoplasmática. Nos seres eucariontes (plantas e algas), realiza-se nos cloroplastos.

Para a realização da fotossíntese são necessários pigmentos fotossintéticos que se localizam no interior dos cloroplastos. A função dos pigmentos é absorver energia luminosa e convertê-la em energia química, sendo responsáveis, também, pelas cores das folhas das plantas, nas diferentes fases do seu desenvolvimento. As clorofilas são as mais abundantes e imprimem uma cor verde; os carotenoides conferem tons amarelos e laranja característicos durante o outono, quando ocorre o processo de degradação das clorofilas, que deixam de mascarar a presenças dos carotenoides.

A energia emitida pelo Sol integra um largo espetro de radiações com diferentes comprimentos de onda designado por espetro eletromagnético. A radiação visível pelo olho humano corresponde aos comprimentos de onda entre 380 nm e 750 nm. Quando atravessa um prisma ótico, a luz visível decompõe-se nas suas radiações constituintes, desde o violeta até ao vermelho, como num arco-íris. A propagação da luz ocorre através de fotões.

Os vários tipos de pigmentos fotossintéticos apresentam estruturas diferentes e captam radiações de diferentes comprimentos de onda. Quando absorvem fotões, os eletrões dos pigmentos são excitados e passam para níveis energéticos superiores, podendo ser transmitidos a outras moléculas acetoras de eletrões. Ocorrem, assim, reações de oxidação-redução. Quando uma molécula perde um eletrão, sofre oxidação e fica oxidada. O aceitador de eletrões, por sua vez, ao receber o eletrão, sofre redução e fica reduzido.

Quando a luz incide sobre as folhas das plantas, as clorofilas absorvem, essencialmente, as radiações do espetro visível de comprimentos de onda correspondentes ao azul-violeta e ao laranja-vermelho, enquanto que as radiações correspondentes ao verde são refletidas e, por isso, vemos as folhas de cor verde. Há, deste modo, uma relação entre o espetro de absorção dos pigmentos fotossintéticos e o espetro de ação da fotossíntese, evidenciando a eficiência fotossintética em função dos comprimentos de onda das diferentes radiações absorvidas. As faixas com maior intensidade fotossintética são as azul-violeta e laranja-vermelho, pois são aquelas onde ocorre maior absorção. A menor intensidade fotossintética verifica-se na faixa do verde, pois existe uma menor absorção.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Aspetos estruturais e funcionais do xilema

As plantas vasculares possuem um sistema duplo de tecidos condutores: xilema e floema. A translocação da seiva bruta ou xilémica (água e sais minerais) ocorre sempre no sentido ascendente e de um modo passivo (sem gasto de energia), ao longo do xilema.

O xilema (ou lenho ou tecido traqueano) tem continuidade ao longo de toda a planta, assegurando o transporte de água e sais minerais, contra a gravidade, num sentido ascendente, desde as raízes até aos órgãos fotossintéticos.

O xilema é constituído, essencialmente, por células mortas. Nele, podemos encontrar quatro tipo de células: os elementos de vaso, os traqueídos ou tracoides, as fibras lenhosas e o parênquima lenhoso. A seiva bruta circula apenas ao nível dos elementos condutores que são os elementos de vaso e os traqueídos.

Os elementos de vaso são células que sofreram uma morte programada, perdendo todo o seu conteúdo celular. Não apresentam paredes transversais, formando, deste modo, um tubo oco constituído exclusivamente pelas paredes celulares, laterais, com espessamentos de lenhina (substância impermeável). Assim, a parede fica resistente e o espaço interior vazio, formando verdadeiros vasos condutores, com as células colocadas topo a topo.

Os traqueídos ou tracoides são células mortas alongadas e fusiformes, que se dispõem em colunas. A parede destas células esta também reforçada por depósitos de lenhina, mas de modo descontínuo e diferente de umas células para as outras, constituindo ornamentações muito variadas: anelares, espiraladas, reticuladas. A passagem da seiva bruta, entre células contíguas, faz-se através de pontuações (poros), onde a membrana se mantém muito fina.

Nas angiospérmicas (plantas com flor), o transporte da seiva bruta ocorre principalmente nos elementos de vaso, pois têm maior diâmetro e, como não há, paredes transversais, o tubo oco permite um transporte mais eficaz, estando admiravelmente adaptados para a principal função do xilema.

As fibras lenhosas são, tal como os elementos condutores (elementos de vaso e traqueídos), células mortas. Apresentam paredes espessas devido também à deposição de lenhina e a sua função é conferir rigidez e suporte ao sistema condutor.

O parênquima lenhoso é constituído por células vivas que realizam a fotossíntese e asseguram o armazenamento e a reserva de substâncias.

Os tecidos condutores associam-se, formando feixes condutores, que apresentam disposições diferentes consoante o órgão da planta onde se localizam. O xilema tem uma localização interior e central na raiz, no caule localiza-se interiormente ao floema, e está associado ao floema nas nervuras das folhas.

domingo, 6 de julho de 2025

Resumo - Evolução dos Sistemas de Classificação


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Resumo - Critérios de Classificação dos Seres Vivos 1


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Resumo - Critérios de Classificação dos Seres Vivos 2


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Resumo - Reino Monera


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Resumo - Reino Protista


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Resumo - Reino Fungi


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Resumo - Reino Monera

O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8 micrómetros ( 1µm = 0,001 mm).

As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.

Exemplos da importância das bactérias:
-na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobicamente;
-agentes que provocam doença no homem;
-em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada;
-no ciclo do nitrogénio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogénio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;
-em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e a hormona de crescimento.


Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotas, podendo viver isoladamente ou construir colónias de diversos formatos. A célula bacteriana contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomas e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossoma bacteriano.

A região ocupada pelo cromossoma bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de composição química específica de bactérias).

É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossoma bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.




Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, denominado cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras de pneumonia). 

A parede da célula bacteriana, também conhecida como membrana esquelética, reveste externamente a membrana plasmática, e é constituída de uma substância química exclusiva das bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murâmico).

Resumo - Morfologia da Planta - Fruto


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Resumo - Morfologia da Planta - Flor


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Resumo - Morfologia e Fisiologia Vegetal


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Lista - Plantas de Sombra



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Resumo - Morfologia da Planta - Caule


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Lista - Plantas por nome cientifico e por família


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Lista - Plantas para Margens Rípicolas


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Resumo - Morfologia da Planta - Flor


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Resumo - Morfologia da Planta - Folha


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