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sábado, 11 de junho de 2022

Património Geológico da Ilha da Madeira

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Profundos vales incrustados entre os picos mais altos e falésias que percorrem grande parte da ilha fazem parte do património geológico da ilha da Madeira, que abordamos neste programa..

O património geológico da ilha da Madeira é constituído por todos os recurso naturais não renováveis como formações rochosas, acumulações sedimentares, paisagens, aspetos ou conteúdos estratigráficos e paleontológicos ou coleções de objetos geológicos de valor científico, cultural, educativo e de interesse paisagístico ou recreativo.

Os dias do vulcão

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O vulcão dos Capelinhos não causou mortes, mas teve grande impacto social e económico na ilha do Faial. Perderam-se casas e bens, e também um modo de vida. Os efeitos da erupção obrigaram metade da população a emigrar.

Com a atividade vulcânica, o Faial viveu durante 13 meses entre o medo e o fascínio. Os constantes tremores de terra, as colunas de cinzas, as explosões e a luz da lava que se elevava no céu, noite e dia, causavam sentimentos contraditórios entre a população.

O fenómeno obrigou ainda à paragem de toda a atividade económica naquela zona da ilha e a população viu-se obrigada a viver dos apoios e da ajuda do estado e de particulares. O pão, os legumes, a fruta e até a roupa chegavam regularmente em camiões da Legião Portuguesa para serem distribuídos.

No fim da erupção a ilha tinha crescido um par de quilómetros mas, devido às dificuldades que foram geradas, parte importante da população abandonou as suas casa e optou pela emigração, especialmente para os EUA.

O Eousdryosauros, um dinossauro herbívoro português

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Era um herbívoro pequeno e rápido. Deram-lhe o nome de "Eousdryosauros" e é uma espécie de dinossauro, descoberta na zona da Lourinhã que, pelo menos por enquanto, só foi identificado no nosso país.

Tinha pouco mais de meio metro de altura e viveu num mundo de gigantes durante o período Jurássico. Possivelmente escondia-se em florestas para escapar aos predadores, que durante aquele período alcançaram dimensões gigantescas.

A descoberta foi feita por particulares que se dedicam à busca de fósseis na zona da Lorinhã. O esqueleto está muito completo e promete trazer mais novidades ao mundo da paleontologia.

Nesta reportagem pode ouvir declarações de Bruno Silva, diretor do Laboratório de Paleontologia da Sociedade de História Natural, e de Fernando Escaso, paleontólogo do Laboratório de Paleontologia da Sociedade de História Natural.

Os fósseis marinhos de Santa Maria

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No meio do Oceano Atlântico há uma ilha que conta histórias com milhões de anos. É por isso que Santa Maria, a mais antiga do arquipélago dos Açores, é visitada por cientistas de todo o mundo. Os paleontólogos chamam-lhe "santuário de fósseis marinhos".

Na sua história geológica, Santa Maria “nasceu” duas vezes. A pequena ilha formada a partir de  um vulcão nas profundezas marinhas emergiu há cerca de oito milhões de anos, mas voltou a desaparecer nas águas. Foi depois de uma violenta erosão que a terra ficou de novo totalmente submersa e, durante esse período, acumulou uma espessa camada de sedimentos marinhos. Numa fase posterior registaram-se várias erupções que provocaram o seu reaparecimento à superfície.

A mais antiga das nove ilhas dos Açores, e a que está há mais tempo sem atividade vulcânica (dois milhões de anos), é por isso a única com rochedos calcários onde se escondem os fósseis marinhos, verdadeiros tesouros para paleontólogos, geólogos e biólogos que os identificam, catalogam e datam. Moluscos, crustáceos, corais, cetáceos, algas do mar e muitos outros organismos marinhos que aqui viveram em eras diferentes e se transformaram em animais de pedra, estão espalhados pelas cerca de 20 jazidas de Santa Maria, como a Pedra-Que-Pica, que terá sido formada há cinco milhões de anos.

As descobertas feitas na última década são já muitas e é com elas que os investigadores constroem pacientemente o passado de Santa Maria, quando esta era uma ilha solitária no meio do atlântico.

Fazemos uma viagem no tempo e descobrimos um património paleontológico único nesta reportagem realizada pela RTP quando acompanhou a 6.ª edição da expedição científica  “Paleontologia das Ilhas Atlânticas

domingo, 8 de maio de 2022

Seiscentas pegadas de dinossauros no Cabo Espichel

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As mais de 600 pegadas foram produzidas há cerca de 129 milhões de anos quando dinossauros - carnívoros e herbívoros - cruzaram um ambiente litoral que hoje se situa perto do Cabo Espichel, em Sesimbra.

Os elementos do Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP) procuravam ossos de dinossauro quando, em 2019, encontraram as primeiras pegadas, que se distribuem por diferentes camadas datadas do período do Cretácico Inferior. Localizadas junto ao mar, estão expostas aos elementos e não foi fácil identificá-las nos primeiros contactos.

Não é possível atribuir as pegadas a dinossauros específicos, mas percebe- se que pertencem a terópodes – carnívoros com três dedos – e saurópodes e ornitópodes – normalmente herbívoros-, com médias e grandes dimensões. Há mais de 20 anos que os paleontólogos realizam pesquisas naquele território e esta descoberta vai contribuir para compreender melhor o comportamento dos animais e reconstituir o ambiente em que viveram.

Nesta reportagem pode ouvir as declarações de Silvério Figueiredo, presidente do CPGP.