domingo, 5 de janeiro de 2025
sábado, 12 de outubro de 2024
Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza celebra mais um ano de sucesso em Sagres
Ao longo dos quatro dias de festival, os participantes tiveram a oportunidade única de se conectarem com a natureza, com uma programação rica e variada, que foi muito além das tradicionais sessões de observação de aves. 146 espécies diferentes foram identificadas, com destaque para o avistamento do raro Borrelho-ruivo (Charadrius morinellus), uma espécie migratória que atraiu especial atenção entre os observadores. Além disso, as atividades mostraram um lado diferente do Algarve, que vai muito além das suas praias: caminhadas, passeios, palestras e desafios especialmente desenhados para crianças garantiram momentos de aprendizagem e lazer para toda a família.
O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Associação Almargem, contou este ano com o envolvimento de 59 parceiros locais, incluindo alojamentos, restaurantes, empresas de animação turística e outros estabelecimentos da região. Esta cooperação demonstrou o impacto positivo que o festival tem na comunidade local, promovendo o turismo sustentável e destacando Sagres como um destino de eleição para quem procura um contacto mais profundo com a natureza.
Com um ambiente único e uma atmosfera de celebração da biodiversidade, o Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza é já uma referência não só para os amantes da ornitologia, mas também para todos os que querem descobrir o que de melhor o Algarve tem para oferecer. E, mais uma vez, Sagres brilhou como um palco privilegiado para esta celebração da vida selvagem.
https://www.cm-viladobispo.pt/pt/noticias/35457/festival-de-observacao-de-aves--atividades-de-natureza-celebra-mais-um-ano-de-sucesso-em-sagres.aspx#prettyPhoto
Maior evento nacional dedicado às aves e à Natureza arranca amanhã em Sagres
O Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza, o maior evento dedicado às aves e à natureza no nosso país, começa amanhã, 3 de outubro. Até dia 6 de outubro centenas de pessoas rumarão a Sagres para descobrir a natureza da região e, em particular, a migração outonal das aves.
Nesta 15ª edição, o programa do Festival inclui mais de 270 atividades, muitas delas gratuitas, desde saídas de barco para observar aves, golfinhos, grutas e falésias, até workshops de fotografia, pintura e ilustração, passando por passeios de caiaque, bicicleta e a pé, sem descurar os jogos e desafios para os mais novos. O programa está disponível online em www.birdwatchingsagres.com, e embora haja já atividades esgotadas, ainda há muito por onde escolher.
Para participar, basta ir ao Forte do Beliche, em Sagres, inscrever-se nas atividades pretendidas e obter a pulseira de participante que, para além da entrada nas atividades, dá direito a entrada grátis na Fortaleza de Sagres e no Museu de Vila do Bispo— Celeiro da História, além de descontos nos parceiros como restaurantes e alojamentos.
A decorrer um pouco por toda a península de Sagres, o programa do Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza convida ainda os participantes a conhecerem o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
O evento organizado pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Associação Almargem é patrocinado pela Fundação Sousa Cintra, pela Nadara e pelo Intermarché de Sagres.
https://www.cm-viladobispo.pt/pt/noticias/35448/maior-evento-nacional-dedicado-as-aves-e-a-natureza-arranca-amanha-em-sagres.aspx
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
quarta-feira, 3 de janeiro de 2024
segunda-feira, 1 de janeiro de 2024
sábado, 4 de novembro de 2023
sábado, 14 de outubro de 2023
Sistemas de transporte nos animais
Os animais aquáticos de pequenas dimensões e de reduzido grau de diferenciação (hidra e planária) não apresentam um sistema de transporte, havendo a difusão direta das substâncias entre o interior dos organismos e o meio externo. Vamos ver as exceções neste explicador.
Em animais aquáticos de maiores dimensões e em todos os amimais terrestres, a difusão é incapaz de garantir a distribuição dos nutrientes, gases e produtos de excreção. Deste modo, necessitam de um sistema de transporte.
Todos os sistemas de transporte são constituídos por três componentes: um fluido circulante (hemolinfa ou sangue e linfa), um órgão propulsor (coração) e um conjunto de vasos ou lacunas, onde ocorre, em parte ou no todo, a circulação do fluido. Os sistemas de transporte classificam-se em abertos e fechados. No primeiro caso, existente na maioria dos moluscos (caracol, lesma, lula), na estrela-do-mar e nos insetos, crustáceos e aracnídeos, o fluido circulante não circula sempre dentro de vasos, abandona-os e mistura-se com o fluido intersticial, nas lacunas, tornando a circulação mais lenta. Nos animais com sistemas de transporte fechados (minhoca e vertebrado – peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), o sangue circula, permanentemente, dentro de vasos.
Nos vertebrados, há uma crescente adaptação ao meio e uma maior eficácia do seu metabolismo, factos relacionados com o grau de complexidade dos seus tipos de circulação. Os peixes apresentam uma circulação simples, pois o sangue passa uma única vez no coração em cada ciclo circulatório (percorre um único circuito). Estes animais possuem um coração com apenas duas cavidades (uma aurícula e um ventrículo), circulando apenas sangue venoso (sangue com maior teor de CO2) no coração. Ao coração chega sangue venoso que passa para as brânquias para efetuar a sua oxigenação, tornando-se arterial (com maior teor de O2), direcionando-se depois para as células corporais. Como o sangue não passa novamente no coração, a circulação é muito lenta.
Nos animais que apresentam circulação dupla (em cada ciclo circulatório, o sangue passa duas vezes no coração – circulação sistémica e circulação pulmonar), a circulação pode ser incompleta ou completa. Nos répteis e anfíbios (animais cujo coração tem três cavidades, duas aurículas e um ventrículo) a circulação é incompleta, pois no coração (e mais concretamente ao nível do ventrículo) ocorre mistura de sangue arterial e venoso, diminuindo, assim, o grau de oxigenação e, consequentemente, a taxa de metabolismo. Porém, essa mistura, nos répteis, é menos significativa, pois entre os ventrículos existe um septo interventricular incompleto.
As aves e os mamíferos (cujo coração tem duas aurículas e dois ventrículos) apresentam uma circulação dupla e completa, não ocorrendo mistura de sangue. Deste modo, ao evitar a mistura de sangues, aumenta-se a eficiência no fornecimento de nutrientes e de O2 aos tecidos. As aves e os mamíferos conseguem, deste modo, ativar mecanismos de regulação da temperatura corporal, conferindo-lhes uma maior capacidade de adaptação ao meio face a condições adversas do meio ambiente.
Mitose e Meiose
A mitose é um mecanismo de divisão nuclear em que as duas células filhas que se originam possuem o mesmo número de cromossomas que a célula inicial. A meiose, por sua vez, garante a redução, para metade, do número de cromossomas em cada uma das quatro células formadas. Importa abordar, com pormenor, as semelhanças e diferenças entre estes dois processos de divisão.
Com a ocorrência da mitose, não há alteração da ploidia da célula mãe. Por mitose, depois da duplicação do DNA, uma célula haploide origina duas células haploides e uma célula diploide origina duas células diploides. As células filhas podem sofrer várias mitoses consecutivas. A informação genética das células finais é idêntica entre si e à da célula mãe. Na mitose não há emparelhamento de cromossomas (os cromossomas têm comportamentos independentes) nem crossing-over. Na metafase, os cromossomas alinham-se a meio da célula, constituindo a placa equatorial, com os centrómeros a ocupar a zona equatorial. Na anafase, há clivagem longitudinal dos centrómeros e ascensão polar dos cromatídios. A mitose é fundamental para a renovação e reparação das células.
Na meiose, ocorrem duas divisões do núcleo consecutivas (divisão I, reducional, e divisão II, equacional) havendo a formação de quatro células haploides a partir de uma célula diploide, ficando, cada célula filha, com metade do número de cromossomas da célula mãe. Deste modo, apenas as células diploides podem sofrer meiose. Regista-se, na profase da divisão I, o emparelhamento dos cromossomas homólogos (formando-se bivalentes, díadas cromossómicas ou tétradas cromatídicas) e o fenómeno de crossing-over.
Na metafase da divisão I, os pares de cromossomas dispõem-se na placa equatorial, estando, num bivalente, os centrómeros de cada cromossoma voltados para polos opostos. A ocupar o plano equatorial encontram-se os pontos de quiasma (resultantes do crossing-over). A divisão dos centrómeros ocorre apenas na anafase da divisão II, já que na anafase da divisão I os centrómeros não se dividem nem os cromatídios irmãos sofrem separação – são os cromossomas, com dois cromatídios, que ascendem aos polos da célula.
A divisão II da meiose é igual à mitose no que aos acontecimentos de cada fase diz respeito. Assim, nas quatro células filhas (tétrada celular), a informação genética é diferente entre si e relativamente à célula mãe. A meiose é um fenómeno importante pois permite a formação de gâmetas (nos animais) e de esporos (nas plantas).
Interações bióticas/abióticas, extinção e conservação de espécies
Biosfera é o subsistema do planeta Terra que integra todos os seus organismos vivos, os ambientes que habitam e as relações que estabelecem entre si. Se observarmos o ambiente à nossa volta, com atenção, facilmente nos apercebemos da enorme variedade de seres vivos existentes.
A diversidade biológica ou biodiversidade expressa o número e a variedade de formas de vida existentes num determinado ambiente, assegurando a produção de alimentos e, por exemplo, a reciclagem dos elementos essenciais, como o carbono, o oxigénio e o nitrogénio.
Nos ecossistemas (comunidade biótica + biótopo e suas interações), verifica-se uma constante interação entre os fatores abióticos (parâmetros físicos e químicos como a temperatura, a luz, o pH, o solo, a água, a humidade atmosférica) e os fatores bióticos (relações entre seres vivos pertencentes à mesma espécie – relações intraespecíficas e entre organismos de espécies diferentes – relações interespecíficas). Os ecossistemas tendem a manter-se em equilíbrio porque, face às mudanças constantes do meio ambiente, os seres vivos conseguem adaptar-se, permitindo a evolução dos ecossistemas no sentido de reposição do equilíbrio inicial.
As intervenções antrópicas têm vindo a afetar a dinâmica dos ecossistemas, diminuindo a capacidade de adaptação dos seres vivos, podendo causar o desaparecimento e a extinção de espécies. A extinção de determinada espécie consiste na diminuição gradual do número de indivíduos até ao seu completo desaparecimento. A extinção de uma espécie representa, pois, a perda irreversível de um potencial genético único.
Podem distinguir-se três tipos de extinção: de fundo, em massa e antropogénica. A extinção de fundo é um tipo natural de extinção associada a mecanismos de evolução biológica, causada por alterações do meio ambiente e consequente desaparecimento das espécies que não se encontram adaptadas. A extinção em massa, também devida a causas naturais, reporta-se à morte de um grande número de espécies em consequência de um mesmo evento catastrófico cujos impactes podem fazer-se sentir local ou globalmente (vulcões, furacões, queda de meteoritos). A extinção antropogénica é provocada pela ação do ser humano.
A extinção de muitas espécies deve-se, fundamentalmente, à destruição do habitat e à sua fragmentação excessiva, à introdução e proliferação de espécies exóticas e invasoras, à exploração excessiva, através da caça e da pesca, dos recursos biológicos e à redução do potencial genético aquando do aumento do cruzamento entre indivíduos geneticamente próximos (consanguinidade).
É urgente o desenvolvimento de ações que previnam e atenuam o desaparecimento de espécies, neutralizando e eliminando as causas da extinção. A criação e a gestão de áreas protegidas, a aposta na investigação científica em prol da conservação da natureza e a dinamização de campanhas de sensibilização são exemplos de medidas que podem inverter a tendência de declínio das espécies.
quinta-feira, 21 de setembro de 2023
Quanto tempo até ao fim deste mundo?
https://ensina.rtp.pt/artigo/quanto-tempo-ate-ao-fim-deste-mundo/
Quão diferente vai o clima ficar depende das medidas que tomarmos hoje. A ciência diz-nos que temos de agir com rapidez. Somos convocados numa espécie de requisição civil à escala global e individual. Espera-nos uma corrida de velocidade para reverter o envenenamento do planeta.
Usámos os combustíveis fósseis para dar o grande salto da revolução industrial e enchemos a atmosfera de dióxido carbono (CO2), de forma explosiva, nos séculos XX e XXI. Mesmo que hoje parássemos completamente de enviar gases para a atmosfera, a quantidade já libertada seria suficiente para aumentar o aquecimento global durante décadas, tal como um pulmão que é sujeito à ação do tabaco durante anos.
O clima está em transformação. Disso não restam dúvidas. A incerteza reside na velocidade da mudança e na dimensão das consequências. No meio desta equação há uma incógnita: como vai o ser humano adaptar-se? Dois graus a mais são toleráveis. Dez graus a mais teria resultados dramáticos e imprevisíveis, tendo como certa a impossibilidade de viver em muitos territórios hoje habitados e a deslocalização de cidades junto à costa devido à subida dos mares.
O mundo tornou-se uma estufa: há calor a mais e a água é uma ameaça. O Ártico pode perder todo o gelo até meados do século XXI; chuvas intensas e secas severas são cada vez mais comuns; furacões e incêndios, mais devastadores. Os peixes estão em risco por causa do aquecimento e da acidificação das águas. O sistema agrícola, em perigo, com campos inférteis pela desertificação, nalgumas zonas, e pelas inundações, noutras.
As estações do ano estão a variar e com recordes de temperaturas e níveis de humidade a serem batidos sucessivamente surgem novas doenças e pragas. Plantas e animais vêm os seus habitats ameaçados. Uns migram, outros já desapareceram da face da Terra. Isto é o que sabemos. O que não sabemos é ainda mais assustador. O nosso planeta está a mudar em regime de alta velocidade. A questão já não é travar esse processo, apenas abrandá-lo.
segunda-feira, 13 de março de 2023
Tendências da seca no Corno de África são piores do que na fome de 2011
O alerta é do Centro de Previsão e Aplicação Climática da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento.
As perspetivas da seca histórica no Corno de África são agora piores do que a situação que ocorreu em 2011, quando pelo menos 250 mil pessoas morreram de fome, alertou hoje um centro de estudos climáticos.
"Esta pode ser a sexta temporada de chuvas consecutiva falhada" na região, que inclui Somália, Etiópia e Quénia, revelou o Centro de Previsão e Aplicação Climática da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês), já que são esperadas chuvas abaixo do normal na estação chuvosa dos próximos três meses.
A seca, a mais longa de que há registo na Somália, dura há quase três anos, dezenas de milhares de pessoas terão já morrido e mais de um milhão foram deslocadas, de acordo com as Nações Unidas.
No mês passado, o coordenador da ONU na Somália alertou que o excesso de mortes neste país “quase certamente” superará as da fome declarada em 2011.
Cerca de 23 milhões de pessoas estarão em situação de elevada insegurança alimentar na Somália, Etiópia e Quénia, de acordo com estimativas de um grupo de trabalho de segurança alimentar presidido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a IGAD.
Já morreram 11 milhões de animais essenciais para muitas famílias, e muitas pessoas afetadas em toda a região são pastores ou agricultores que viram as colheitas murcharem e as fontes de água secarem.
Além disso, a guerra na Ucrânia afetou a resposta humanitária, uma vez que os doadores tradicionais na Europa desviam fundos para a crise mais perto dos seus países, refere ainda a organização regional em comunicado.
O secretário-executivo da IGAD, Workneh Gebeyehu, pediu aos governos e parceiros para agirem "antes que seja tarde demais".
Aquário Vasco da Gama devolve ao meio natural peixes em risco de extinção
Serão libertados cerca de 900 peixes de água doce em perigo de extinção.
O Aquário Vasco da Gama vai libertar este mês cerca de 900 peixes de água doce em perigo de extinção, para repovoarem rios e ribeiras, com as populações em meio natural a serem depois monitorizadas.
De acordo com uma informação hoje divulgada pela Marinha Portuguesa, na próxima terça-feira serão libertados peixes no concelho de Grândola e a 23 de março no concelho de Mafra.
A iniciativa, uma parceria do Aquário com o MARE-ISPA (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do ISPA – Instituto Universitário), e com a Faculdade de Medicina Veterinária, insere-se no projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais”, que tem como objetivo reproduzir e manter espécies nativas de peixes de água doce da fauna portuguesa, “criticamente em perigo”, para repovoamento dos seus rios de origem.
A Marinha explica em comunicado que os rios serão depois visitados e as populações de peixes serão monitorizadas pelos investigadores do MARE-ISPA.
“Esta é uma forma de proteger as espécies consideradas criticamente em perigo devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais”, salienta-se no comunicado.
Na terça-feira serão libertadas na ribeira de Grândola 600 bogas-portuguesas (Iberochondrostoma lusitanicum), nascidas no Aquário e descendentes de exemplares capturados na mesma ribeira.
Trata-se, salienta-se no comunicado, de uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe em Portugal, nas bacias hidrográficas dos rios Tejo e Sado e nas pequenas ribeiras da região Oeste e da região entre o Sado e o Mira.
No dia 23 são libertados no rio Safarujo, Mafra, 300 ruivacos-do-oeste (Achondrostoma occidentale), igualmente nascidos no Aquário e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio.
Esta é também uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe em Portugal e apenas em três rios: Safarujo, Alcabrichel e Sizandro.
A Marinha Portuguesa refere no comunicado que este mês o Aquário Vasco da Gama já fez mais duas ações do género, uma na quinta-feira, com a libertação de 35 bogas-portuguesas (Iberochondrostoma lusitanicum), dois escalos-do-sul (Squalius pyrenaicus) e dois verdemãs (Cobitis paludica), no rio Jamor, de onde tinham sido resgatados no verão devido à seca.
Hoje, em Mértola, foram libertados 60 saramugos (Anaecypris hispanica), uma espécie considerada criticamente em perigo e que apenas existe na Península Ibérica, na bacia do Guadiana.
O Aquário Vasco da Gama, um dos aquários públicos mais antigos do mundo, foi inaugurado a 20 de maio de 1898 e entregue em 1901 à Marinha Portuguesa.
Desflorestação na Amazónia brasileira disparou 61,8% em fevereiro
Foram devastados, em fevereiro, 322 quilómetros quadrados de vegetação nativa na Amazónia.
A desflorestação na Amazónia brasileira disparou 61,8% em fevereiro em relação ao mesmo período de 2022 e antes mesmo do final do mês já era o maior do período desde o início da medição, anunciou hoje o Governo.
Segundo dados do sistema de alerta de desflorestação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no mês passado foram devastados 322 quilómetros quadrados de vegetação nativa na Amazónia.
Além de ultrapassar significativamente os 199 quilómetros quadrados destruídos no mesmo mês de 2022, esta é a maior devastação registada para um mês de fevereiro desde 2015, quando o Governo começou a medir com o Sistema de Deteção do Desmatamento da Amazónia Legal em Tempo Real (Deter).
A área destruída no bioma no mês passado também foi 93,3% maior do que em janeiro, quando perdeu 166,58 quilómetros quadrados.
No primeiro mês do ano, a desflorestação da maior floresta tropical do planeta registou uma forte queda (-61,3%) na comparação interanual e recuou 27% em relação a dezembro.
Naquele mês, porém, especialistas enfatizaram que os dados eram parciais, já que a densa nebulosidade registada sobre o bioma em janeiro impediu que os satélites captassem áreas devastadas em mais de metade da Amazónia brasileira.
Assim, é bem possível que em fevereiro o Deter tenha registado a devastação que não conseguiu captar em janeiro.
Em 2022, a Amazónia brasileira perdeu 10.278 quilómetros quadrados de cobertura vegetal, um nível nunca antes visto desde que a medição com o Deter é realizada no Brasil.
A destruição do bioma aumentou quase 60% nos quatro anos do Governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) em relação ao quadriénio anterior devido à falta de controlos e ao enfraquecimento dos órgãos ambientais, já que o líder de extrema-direita brasileira defende a exploração dos recursos naturais na selva, mesmo em reservas indígenas, onde isto é proibido por lei.
A recuperação da Amazónia brasileira é um dos principais compromissos anunciados por Luiz Inácio Lula da Silva desde que foi eleito Presidente do gigante sul-americano, promessa que reiterou ao assumir o seu terceiro mandato, em 01 de janeiro.
No primeiro mês de mandato, Lula da Silva reativou o Fundo Amazónia, financiado pela Noruega e Alemanha, e do qual também anunciou a participação dos Estados Unidos.
O chefe de Estado brasileiro revogou ainda medidas de Bolsonaro e criou um grupo com 17 ministérios para definir políticas de preservação da floresta.
O Governo brasileiro tem tentado combater a extração ilegal de metais preciosos no bioma após a crise sanitária descoberta na reserva Yanomami, causada pela invasão de cerca de 20 mil garimpeiros que ainda estão a ser expulsos do território indígena pelas autoridades.
"Acabámos de sair de um Governo que apoiava a desflorestação. Até que a fiscalização e o controlo cheguem a todo o território, os desflorestadores ilegais vão continuar a aproveitar-se para agir", disse Rómulo Batista, porta-voz da Amazónia da Greenpeace Brasil, atribuindo o aumento da devastação nos dois primeiros meses ao efeito das políticas de Bolsonaro.