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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ave australiana canta aos ovos para avisar que está calor



Desenvolvimento do mandarim é influenciado pelo canto dos progenitores. Descoberta mostra que há espécies que podem adaptar-se melhor às alterações climáticas.

É uma surpresa no mundo animal. Uma ave australiana consegue activamente influenciar o desenvolvimento da sua descendência quando os embriões ainda estão nos ovos. Nos dias mais quentes, os progenitores da espécie mandarim (Taeniopygia guttata) têm um canto especial para os seus ovos. Isso faz com que os pintos, depois de saírem dos ovos, cresçam menos do que outros indivíduos da espécie que não ouviram o canto especial, mostra um estudo publicado na revista científica Science.

Estudos feitos no passado mostravam que os embriões dentro dos ovos conseguiam ouvir e até emitir sons. Este tipo de comunicação tem importância na vida das aves. Segundo o artigo: “Já se tinha descoberto que a comunicação acústica pré-natal pode influenciar a sincronização da altura em que os pintos saem do ovo e permitir aos embriões pedirem aos progenitores para incubarem os ovos.”

Mas esta capacidade dos mandarins tinha passado despercebida até agora. Estas aves vivem em habitats secos na Austrália. Uma das suas características comportamentais é produzirem ninhadas quando há bom tempo, independentemente das estações do ano.

Mylene Mariette, co-autora do artigo com Katherine Buchanan, ambas do Centro de Ecologia Integrativa da Universidade de Deakin em Waurn Ponds, na Austrália, foi quem identificou a existência destes cantos especiais, que tanto as fêmeas como os machos fazem quando o parceiro ou a parceira está longe do ninho.

A curiosidade levou Mylene Mariette a tentar descobrir a razão destes cantos. A investigadora verificou que os cantos só se davam nos últimos cinco dias do desenvolvimento dos embriões dentro dos ovos e apenas quando a temperatura máxima desse dia ultrapassava os 26 graus Celsius.

Para tentar compreender o efeito destes cantos, a equipa fez uma série de experiências em ambiente controlado. Na primeira, as investigadoras submeteram um grupo de ovos de mandarim, nos últimos cinco dias de desenvolvimento, aos cantos descobertos por Mylene Mariette que entretanto foram gravados. Um segundo grupo de ovos foi submetido às mesmas condições de humidade e temperatura, mas com os cantos normais.

Ao nascerem, os pintainhos de ambos os grupos tinham o mesmo tamanho normal. Mas passados alguns dias, as investigadoras mediram os pintainhos e verificaram que os que tinham sido submetidos ao canto especial eram mais pequenos. “Isto significa que o ambiente acústico antes do nascimento tem um impacto maior do que pensávamos”, sublinha Mylene Mariette, citada numa notícia da BBC News.

A equipa pensa que o corpo menor é uma resposta a um clima mais quente. “Com um corpo mais pequeno, os mandarins perdem calor mais facilmente”, explica Mylene Mariette, citada numa notícia da Science. Além disso, as cientistas colocam a hipótese de que um corpo mais pequeno evita reacções celulares com efeitos negativos que são mais frequentes quando a temperatura ambiente é maior.

Mas as mudanças desta população não se ficam por aqui. As aves submetidas aos cantos especiais têm tendência a fazer o ninho num ambiente mais quente do que o outro grupo. Além disso, quando submetidas a temperaturas maiores, elas põem mais ovos do que as aves maiores que não ouviram o canto a anunciar mais calor. Por outro lado, em ambientes mais frios, são as aves maiores que põem mais ovos.

Este tipo de controlo no desenvolvimento dos pintos, que tem influência no próprio comportamento quando são adultos, pode ser importante num mundo cada vez mais quente devido às alterações climáticas.

“Não quer dizer que estas aves vão ser capazes de se reproduzirem a temperaturas extremas”, avisa Mylene Mariette, citada pela BBC News. “Mas o que é encorajador é que é uma estratégia que os pássaros usam para ajustar o crescimento da sua descendência à temperatura do ambiente.”

Informação retirada daqui

Taxa de mortalidade das árvores anciãs está a aumentar


As árvores com 100-300 anos de idade estão a morrer mais depressa num fenómeno global, em todas as latitudes e diferentes tipos de ecossistemas.

Estão a ser verificados aumentos alarmantes, por todo o Mundo, na taxa de mortalidade nas árvores com 100-300 anos de idade. São os maiores organismos vivos, as grandes e velhas árvores, responsáveis por albergar inúmeras aves e muita outra vida silvestre, que estão a morrer. 

O alerta foi publicado na Science e verifica o incremento na taxa de mortalidade das árvores anciãs em muitas das florestas do planeta, savanas, áreas agrícolas ou mesmo cidades. É um problema global e está a ocorrer em todo o tipo de ecossistemas.

As árvores anciãs são elementos fundamentais de muitos ambientes naturais e humanizados, mas as suas populações estão a morrer mais rapidamente. Os investigadores alertam para a necessidade de investigação para apurar as causas por trás deste fenómeno, para adopção de estratégias de gestão, alteração de políticas, perante o risco destas árvores desaparecerem dos ecossistemas levando à perda dos biota associados e à perda das suas funções nos ecossistemas.

Os dados analisados remontam até aos anos de 1860. O estudo permitiu concluir, por exemplo, que as árvores anciãs nas florestas da Austrália, estão a morrer em massa e a uma taxa dez vezes superior a uma taxa normal. Aparentemente, nestas florestas, tal está a acontecer devido ao uma maior vulnerabilidade perante os incêndios em consequência da seca, elevadas temperaturas, à exploração florestal entre outras causas. Mas esta tendência repete-se por muitas outras zonas do planeta e em todas as latitudes.

Fonte: Nuno Leitão/ScienceDaily

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

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