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sábado, 28 de outubro de 2017

Minuto Verde - 27 Outubro 2017

MINUTO VERDE de 27 Out 2017 - RTP Play - RTP

Como acabar com a poluição dos oceanos por plástico?


A SAR – “Seas At Risk”* publica hoje um novo estudo que fornece factos condenáveis sobre as quantidades de plástico descartável que é utilizado, p na vida quotidiana dos europeus e que contribui significativamente para a poluição dos oceanos, um problema que a Europa poderia facilmente abordar com as soluções politicas existentes O estudo estima que anualmente na União Europeia (28 estados-membros) são consumidos:

46 mil milhões de garrafas de plástico
16 mil milhões de copos de plástico
580 mil milhões de beatas
2,5 mil milhões de embalagens de take-away
36,4 mil milhões de palhinhas.

Em Portugal os números também são altamente preocupantes:

721 milhões de garrafas de plástico
259 milhões de copos de café
1 milhar de milhões de palhinhas
40 milhões de embalagens de fast food
10 mil milhões de beatas de cigarro


Este tipo de produtos descartáveis representam um enorme desperdício de recursos, um elevado custo para os contribuintes em impostos para tratamento de resíduos e constituem em média 51% do lixo encontrado nas praias europeias.

O relatório também procura as soluções para este problema e destaca algumas iniciativas pioneiras para reduzir o uso de plástico. Os exemplos incluem sistemas de depósito com reembolso de garrafas na Noruega, iniciativas municipais para promover o uso da água canalizada on the go, a uniformização de copos de café reutilizáveis em Freiburg, na Alemanha, proibições municipais quanto ao uso de plástico descartável em eventos em Munique e a proibição de louça de plástico descartável em França.

Uma solução possível de adotar desde já, seria estender a Diretiva Europeia dos sacos de plástico a outros produtos descartáveis. Isso obrigaria os Estados-Membros a reduzir o consumo destes produtos de forma a alcançar um valor alvo per capita, que poderia ser conseguido através de uma proibição total do consumo destes produtos ou pela introdução de uma taxa sobre os mesmos. O estudo salienta que este tipo de medida foi muito bem-sucedido na redução de sacos de plástico, resultando, por exemplo, numa quebra de 80% do seu uso na Escócia. Também em Portugal a taxa sobre os sacos de plástico leve resultou numa redução drástica do seu consumo. Medidas como a introdução de taxas nos sacos descartáveis ou de sistemas de depósito com reembolso de garrafas foram também muito bem recebidas pelo.

A Comissão Europeia está atualmente a desenvolver uma Estratégia dos Plásticos em Economia Circular, que pode ser a oportunidade fundamental para a redução de um enorme número de produtos de plástico descartável desnecessários e que estão a poluir os nossos oceanos.

Segundo Emma Priestland, responsável pela política de lixo marinho da Seas At Risk, “Até ao momento não tínhamos ideia da escala de consumo de plásticos descartáveis. Os números são impressionantes. Não é de admirar que em média 50% do lixo encontrado nas praias sejplástico descartável. A UE e os governos nacionais agora podem e devem tomar medidas legais para reduzir o uso desta matéria.. Este estudo aponta-nos para algumas soluções viáveis.”

”Este estudo vem mostrar o quanto ainda há por fazer em relação ao plástico descartável. O Governo português deve ter em conta estes dados e, com a maior urgência, proibir ou limitar o uso dos plásticos descartáveis. Portugal tem que ser um país líder nesta luta, incentivando o uso, produção e desenvolvimento de produtos alternativos e ecologicamente sustentáveis”, disse Claudia Soares da Sciaena.

“Em Portugal, a sensibilização sobre o impacto das escolhas individuais no meio ambiente está a aumentar. Nos últimos dois anos, o uso de sacos de plástico leves (com espessura <5mm) tem diminuído substancialmente com a aplicação da Legislação Europeia aplicando-se uma taxa adicional sobre a sua utilização.

No entanto, o uso de outros objetos como garrafas e copos de plástico no cotidiano dos portugueses continua banalizado. Este estudo ilustra bem o impacto escolhas individuais traduzindo-as em números e factos. A experiência mostra-nos que quando encorajadas as pessoas pensam duas vezes sobre as suas opções individuais, podemos alterar comportamentos reduzindo o seu impacto no meio ambiente. A Extensão da Diretiva Europeia para outros objetos plásticos descartáveis pode promover o contexto necessário para escolhas individuais mais sustentáveis e amigas do ambiente. “ Inês Cardoso, LPN- Liga para a Protecção da Natureza.

Segundo João Branco presidente da Direção Nacional da Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, "os plásticos são fabricados a partir de petróleo e demoram demasiado tempo a desaparecer do meio natural. Todas as espécies de tartarugas marinhas, metade de mamíferos marinhos e um quarto das aves marinhas já foram emaranhados pelo, ou ingeriram, o lixo marinho. O estudo mostra que é preciso reduzir drasticamente o consumo de plástico descartável, as beatas, as garrafas de plástico e as palhinhas. Relativamente à solução, várias medidas são apresentadas no estudo e estas poderão ser implementadas a vários níveis, desde o Estado ao cidadão comum, das cidades às empresas portuguesas. A Quercus conta com a atitude responsável e o compromisso de todos para avançar com a transição necessária, utilizando melhor os recursos e contabilizando todos os custos do plástico, reduzindo assim o impacte dos plásticos no Ambiente e no meio marinho em particular. Este é sem dúvida o caminho. A Quercus também já solicitou publicamente que os sacos de plástico sejam banidos em Portugal."

* A Seas At Risk é uma associação europeia de várias organizações não-governamentais ambientais que trabalham na área do meio marinho e da qual fazem parte o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a Liga Para Proteção da Natureza (LPN), a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e a Sciaena – associação de ciências marinhas e cooperação.

Informação retirada daqui

Livro inspirado na rubrica ambiental da Quercus na RTP1 lançado oficialmente a 25 de outubro


Está quase a chegar a cerca de 1000 livrarias do país o livro “Minuto Verde – Os Conselhos ambientais da Quercus no Bom Dia Portugal da RTP1”, assinado pela Quercus e editado pela Casa das Letras do Grupo LeYa,  no âmbito das Edições RTP.
Coincidindo com a chegada às lojas, o lançamento oficial decorrerá no dia 25 de Outubro, pelas 18h30, na livraria LeYa na Buchholz, em Lisboa, com apresentação de António José Teixeira, da Direção de Informação da RTP.
Este livro surgiu da vontade de celebrar um dos projetos da Quercus mais longevos e reconhecidos pelo público. Com ilustrações originais de Isidro Jiménez, reúne cerca de 200 textos, inspirados no formato televisivo que a Quercus apresenta desde 2006, aos dias úteis de manhã na RTP1.
O leitor é convidado a percorrer 11 capítulos temáticos dedicados às principais áreas ambientais habitualmente focadas no Minuto Verde.

A publicação deste livro contou com o apoio de um conjunto de mecenas - Águas do Algarve, Vulcano, REN, BMW i, EGEO e CTT – que se associaram desta forma ao trabalho de sensibilização e educação ambiental da Quercus.

Livro será ferramenta de apoio ao projeto “Minuto Verde Vai à Escola”
Pretende-se que este livro seja uma ferramenta de educação ambiental, com conteúdos atuais, credenciados e acessíveis a todos os públicos. Abordando temas com influência direta na vida dos cidadãos, apresenta recomendações sobre como reduzir a pegada ecológica nas diversas esferas do quotidiano, incentivando a escolhas mais responsáveis que salvaguardem os recursos naturais e o futuro sustentável do planeta.

Este livro integra o conjunto de ferramentas pedagógicas do projeto-piloto  “Minuto Verde Vai à Escola”, que a Quercus está a desenvolver com alunos do 8º ano do 3º Ciclo do Ensino Básico, em 6 escolas nacionais, com o apoio do Fundo Ambiental. 

Há mais de uma década de emissão contínua na RTP1, o Minuto Verde é uma rubrica de sensibilização ambiental da autoria da Quercus. É emitido de segunda a sexta-feira no bloco informativo das manhãs da RTP1, o Bom Dia Portugal, ligeiramente antes das oito, nove e dez horas. 

Informação retirada daqui

Incêndios causaram pico de poluição. Fumos chegaram a países bálticos


Episódio começou a 6 de outubro, com níveis altos de dióxido de azoto e de ozono. No dia 15, com os ventos vieram as poeiras do Norte de África, e com os fogos um excesso de partículas inaláveis

Os piores incêndios florestais de sempre em Portugal, que nos dias 15 e 16 deste mês queimaram de uma só vez um recorde absoluto de mais de 220 mil hectares, causando 44 mortos, mais de 70 feridos e prejuízos de muitas centenas de milhares de euros que ainda estão a ser contabilizados, originaram também um episódio severo de poluição atmosférica.

Os fumos e as partículas viajaram até ao Norte de França e Sul de Inglaterra, onde foram suficientes para embaciar o sol, e chegaram ainda ao Norte da Alemanha e aos países bálticos (ver mapa, em baixo). No país, as estações de medição do ar registaram, nos dias 15 e 16 , em todo o território, níveis de partículas inaláveis muito acima dos limites legais.

O episódio de poluição, no entanto, já vinha de trás, desde o dia 6, por causa das condições meteorológicas, com calor intenso e falta de vento, que causaram concentrações elevadas de poluentes (dióxido de azoto e ozono) na camada de ar junto ao solo. Depois, os incêndios e a circulação atmosférica, determinada pelo furacão Ophelia, que trouxe vento forte do Sul, e com ele as poeiras do deserto do Norte de África, fizeram o resto.

Naqueles dois dias de incêndios, "houve estações de medição da qualidade do ar em que se registaram valores quatro vezes acima do valor limite diário", adianta Francisco Ferreira, professor e investigador da Universidade Nova de Lisboa na área da qualidade do ar e presidente da associação ambientalista Zero.

Uma delas foi a de Montemor--o-Velho, na região centro. Mas, no dia 15, o Porto Litoral, Estarreja, Aveiro, o Centro Litoral, a região de Lisboa e Vale do Tejo, o Alentejo Litoral e o Algarve não escaparam às concentrações excessivas de partículas inaláveis no ar.

A situação repetiu-se - e agravou-se - no dia 16, com as estações em todo o território a registarem valores de partículas inaláveis acima do limite, que é de 50 microgramas por metro cúbico (mg/m3). "Houve estações no país que chegaram aos 300, e na Galiza, onde também houve incêndios, atingiram-se os 600 mg/m3, em Vigo e Santiago de Compostela, nesses dias", adianta Francisco Ferreira.

No Índice de Qualidade do Ar, a classificação foi nesses dias de "mau", a pior da escala, que se manteve na manhã de 17, mas que melhorou depois ao longo do dia com a chuva e o vento de oeste que contribuiu para limpar a atmosfera. No dia 18 a classificação da qualidade do ar já era "muito bom" e "bom" em todos as estações do país.

Grandes concentrações de partículas inaláveis, como as que se registaram nos dias 15 e 16, têm impactos na saúde. Sabe-se que contribuem para o agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, sobretudo nos grupos mais vulneráveis, como as crianças, os idosos e as pessoas com doenças respiratórias, pelo que, em circunstâncias com estas, "devem ser mais sistemáticos os avisos à população sobre esses riscos", defende Francisco Ferreira. "Nestes casos as pessoas não devem, por exemplo, fazer exercício físico no exterior."

Informação retirada daqui

Quase mil carros elétricos vendidos em Portugal em oito meses


Uma análise das emissões do ciclo de vida dos veículos revela que "os automóveis elétricos emitem menos emissões do que os carros a motor gasóleo"

Quase mil carros elétricos foram vendidos em Portugal até final de agosto, tendo sido atingida a quota de apoio do Fundo Ambiental, segundo divulgou esta quinta-feira a associação ambiental Zero que sublinha as vantagens destes veículos.

Em comunicado, a Zero defende que o Fundo Ambiental tenha uma maior quota de apoio em 2018, tendo em conta que a deste ano foi atingida em oito meses.

Uma análise das emissões do ciclo de vida dos veículos, conduzida pela Universidade Vrije de Bruxelas para a Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E), de que a Zero é membro, revela que "os automóveis elétricos emitem menos emissões do que os carros a motor gasóleo".

"Mesmo em países com a maior intensidade de gases de efeito estufa da geração de eletricidade - Polónia e Alemanha - o veículo elétrico funciona melhor durante o ciclo de vida (incluindo as emissões na fabricação da bateria e do veículo) do que o automóvel a gasóleo", prossegue a Zero, em comunicado.

A T&E concluiu que "a revolução do veículo elétrico levará a um aumento acentuado da procura por metais críticos, mas as evidências mostram que não haverá restrições de oferta se houver investimentos em novas minas e processos. A indústria deve, no entanto, garantir que os minerais sejam obtidos de forma sustentável".

"Se toda a energia elétrica for proveniente de fontes renováveis, o impacte em termos de emissões de gases de efeito de estufa considerando o ciclo de vida dos automóveis elétricos será seis vezes e meia vezes menor por comparação com os veículos a gasóleo", prossegue a Associação Sistema Terrestre Sustentável.

Informação retirada daqui

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Vídeo - Plantando na Cidade

Vídeo - Oficina de expressão criativa em Paredes de Coura

Documento - Tipos de Poluição


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Powerpoint - A importância do ar para os seres vivos


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Vídeo - Poluição do ar

Vídeo - O seu carro e o CO2

Exercício - Rochas, arquivos da Terra





Imagens de exercícios, da aplicação para QI "ROCHAS, ARQUIVOS DA TERRA" 
Integrada no tema introdutório à componente de Geologia, do programa de Biologia e Geologia (ano I), a abordagem às rochas enquanto arquivos que relatam a História da Terra, afigura-se importante para a compreensão do objecto da Geologia, da complexidade do trabalho dos geólogos e da necessidade de diferentes métodos e instrumentos de trabalho para o estudo da Terra. Eis alguns comentários de imagens integradas numa aplicação para quadros interactivos sobre rochas.
Exercício 1

O exercício seguinte permite explorar os conceitos de rochas consolidadas e não consolidadas, bem como os ambientes de sedimentação e de diagénese. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após indicação das localizações mais correctas...

Exercício 2

O exercício seguinte permite explorar a classificação das rochas sedimentares. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
 


Exercício 3

Este exercício permite a exploração do magmatismo. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução.
Exercício 4

Neste caso são explorados os conceitos de rocha vulcânica ou extrusiva e de rocha plutónica ou intrusiva. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
 
Exercício 5

Este exercício permite classificar o granito e o basalto e associar as rochas ao seu ambiente de formação. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 6

Este exercício permite explorar a classificação das rochas magmáticas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 7

Este exercício permite explorar um ambiente de formação de rochas metamórficas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 8

Este exercício permite explorar a classificação das rochas metamórficas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 9

Este exercício permite explorar o ciclo das rochas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...

Escrito por José Salsa

Protocolo - Sedimentação


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Exercício - Rochas, arquivos da Terra


Integrada no tema introdutório à componente de Geologia, do programa de Biologia e Geologia (ano I), a abordagem às rochas enquanto arquivos que relatam a História da Terra, afigura-se importante para a compreensão do objecto da Geologia, da complexidade do trabalho dos geólogos e da necessidade de diferentes métodos e instrumentos de trabalho para o estudo da Terra. Eis alguns comentários de imagens integradas numa aplicação para quadros interactivos sobre rochas.
Exercício 1

O exercício seguinte permite explorar os conceitos de rochas consolidadas e não consolidadas, bem como os ambientes de sedimentação e de diagénese. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após indicação das localizações mais correctas...

Exercício 2

O exercício seguinte permite explorar a classificação das rochas sedimentares. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
 


Exercício 3

Este exercício permite a exploração do magmatismo. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução.
Exercício 4

Neste caso são explorados os conceitos de rocha vulcânica ou extrusiva e de rocha plutónica ou intrusiva. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
 
Exercício 5

Este exercício permite classificar o granito e o basalto e associar as rochas ao seu ambiente de formação. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 6

Este exercício permite explorar a classificação das rochas magmáticas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 7

Este exercício permite explorar um ambiente de formação de rochas metamórficas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 8

Este exercício permite explorar a classificação das rochas metamórficas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
Exercício 9

Este exercício permite explorar o ciclo das rochas. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...

Escrito por José Salsa

Powerpoint - Minerais e Matéria Cristalina


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Powerpoint - Mineralogia e Cristalografia


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Powerpoint - Sedimentação e Estratificação


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Vídeo - Minerais e Rochas

Notícia - Cientistas portugueses invalidam um dos dogmas da biologia


Há 270 milhões de anos, uns bocadinhos do património genético de diminutos fungos, que até lá não tinham nada de particular, começaram a sofrer uma mudança de identidade. Normalmente, os fungos, do género Candida – não deveriam ter sobrevivido a tal alteração genética – mas sobreviveram, ao ponto que são hoje os principais responsáveis pelas infecções fúngicas nos seres humanos. Como é que foi possível? A sequenciação dos genomas de uma série de espécies deste fungo permitiu agora explicar este aparente paradoxo.

O genoma dos seres vivos é uma grande molécula, feita do encadeamento de quatro moléculas de base, a que chamamos “letras” para respeitar a metáfora segundo a qual o genoma contém as “instruções” para a construção de cada tipo de organismo. Grosso modo, cada “palavra” de três letras consecutivas, ou “codão”, codifica um dos 20 aminoácidos, os tijolos de construção que as células vivas utilizam para fabricar as suas proteínas, componentes essenciais dos tecidos biológicos. Aminoácidos esses que o organismo vai buscar às proteínas animais contidas nos alimentos.

Desde a descoberta dos codões, há uns 50 anos atrás, pensava-se que essa correspondência codão-aminoácido – o chamado “código genético” – era comum a todos os organismos vivos, universal. O argumento era que, uma vez o código genético fixado, de uma vez por todas, nos primórdios da evolução das espécies, já não podia ser alterado sem consequências funestas para o organismo afectado.

No fim da década de 80, porém, Manuel Santos e a sua equipa da Universidade de Aveiro foram dos primeiros grupos do mundo a propor que isso não era bem assim: descobriram que as Candida conseguiram sobreviver apesar de ter sofrido uma alteração do seu código genético que deveria ter sido perfeitamente tóxica. Num trabalho hoje publicado em consórcio internacional na revista “Nature”, explicam pela primeira vez, graças à análise comparativa dos genomas de várias espécies diferentes de Candida, como é que essa “mudança de identidade” teve concretamente lugar.

“O nosso resultado tem implicações tremendas do ponto de vista biológico”, disse-nos em conversa telefónica Manuel Santos. “Significa que o código genético não é universal. Já tínhamos descoberto essas alterações há uns anos, mas com este estudo conseguimos perceber como é que essa evolução aconteceu.”

Basicamente, nas Candida, o codão que inicialmente mandava colocar no sítio correspondente da proteína em construção um aminoácido chamado leucina, passou a comandar a colocação de um outro aminoácido, a serina. E esta alteração do código genético “deveria ter sido letal”, repete Manuel Santos.

Mas esse codão não mudou repentinamente de identidade; pelo contrário, fê-lo muito gradualmente, ao longo de milhões de anos. “Há 270 milhões de anos, esse codão começou a mudar e adquiriu duas identidades diferentes”, diz ainda Manuel Santos. A maior parte das vezes, continuava a comandar a colocação de leucina, mas de vez em quando colocava serina. A seguir – e é este o segredo do sucesso da operação –, “durante 100 milhões de anos, esse codão desapareceu praticamente do genoma dos fungos. E quando reemergiu, com a sua segunda identidade, foi em posições onde já não era tóxico para os genes”. Um belo truque evolutivo.

Para que é que serve este tipo de alteração ao código genético? “Não sabemos”, responde-nos Manuel Santos. Mas acrescenta logo: “Estes fungos têm uma enorme necessidade de contornar o sistema imunitário humano. Uma possibilidade é que esta alteração do código genético seja um mecanismo compensatório destinado a aumentar a diversidade genética das Candida, que só muito raramente se reproduzem de forma sexuada”. Os organismos que apenas se reproduzem de forma assexuada formam colónias de clones, geneticamente idênticos – e portanto, têm dificuldade em resistir aos ataques do sistema imunitário dos seus hospedeiros.

Um outro dos aspectos agora esclarecidos por este trabalho prende-se precisamente com a reprodução destes fungos. “Há décadas que a reprodução sexuada dos fungos era objecto de intenso debate”, frisa Manuel Santos. “Pensava-se que não havia reprodução sexuada nestes organismos. Mas ela é importante para gerar diversidade genética. Agora, a sequenciação dos genomas de Candida clarificou definitivamente esta questão: algumas espécies possuem genes de reprodução sexuada e outras não. Contudo, naquelas que apresentam uma reprodução sexuada, ela só acontece muito raramente, sendo normalmente assexuada” – isto é, por fissão celular.

Normalmente, as candidíases manifestam-se como lesões cutâneas e podem ser facilmente tratadas com medicamentos antifúngicos. Mas, em caso de deficiência imunitária, podem ser letais, espalhando-se para o fígado, os pulmões, o cérebro. Põem em risco bebés prematuros, doentes transplantados, pessoas com HIV. E algumas espécies estão a tornar-se resistentes.

O que faz com que uma espécie de Candida seja patogénica e outra inócua? Este é um dos aspectos ainda pouco claros. Mas os resultados hoje publicados permitem começar a desvendar o mistério. “A sequenciação dos genomas e a sua comparação mostrou que as espécies patogénicas possuem um conjunto de genes envolvidos na patogénese” diz Manuel Santos, que liderou a participação portuguesa no trabalho.

Mais precisamente, o seu genoma contém um maior número de cópias de uma série de genes que codificam o fabrico de proteínas, chamadas adesinas, que comandam a síntese de proteínas da parede celular destes fungos. “São elas que interagem com as células humanas”, frisa Manuel Santos, “e isso é importante para a adaptação do fungo ao sistema imunitário do hospedeiro”, adaptação que condiciona a manutenção da infecção. “Este resultado é muito importante porque pode permitir desenvolver novos antifúngicos”, conclui.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Notícia - Veneno e dentes do dragão de komodo responsáveis pela morte das presas


Até agora fugia-se dos dentes do dragão de komodo por causa das bactérias mortais que vivem na sua saliva, mas um novo estudo, publicado online na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”, mostra que afinal é do veneno que se tem que ter medo.

“A teoria defendida de que o dragão de Komodo mata regularmente utilizando as bactérias que carrega na boca é errada”, disse em comunicado o co-autor do estudo Stephen Wroe, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. “O dragão é verdadeiramente venenoso. Tem glândulas salivares modificadas que injectam agentes hipersensitivos e anticoagulantes que, combinados com as adaptações dos dentes e de um crânio de peso leve, permitem matar animais grandes através de uma perda de sangue rápida.”

O dragão de komodo, Varanus komodoensis, é o maior lagarto terrestre que existe, podendo alcançar os três metros de comprimento e vive em algumas ilhas do arquipélago da Indonésia. “Estes grandes répteis carnívoros são conhecidos por morderem a presa, libertarem-na, deixando-a sangrar até à morte devido às feridas infligidas. Nós mostrámos agora que é o arsenal combinado dos dentes do Dragão de Komodo e o veneno que contam para a caça”, disse em comunicado o primeiro autor do artigo, Bryan Fry, investigador da Universidade de Melbourne na Austrália.

Os investigadores analisaram a forma do crânio do lagarto e a força capaz de exercer durante a mordida – comparando com a dentada do crocodilo –, através de imagens de ressonância magnética. Apesar da força com que o dragão morde ser menor do que a do crocodilo, as glândulas de veneno e os dentes serrilhados permitem lacerações profundas por onde entra o veneno.

Para analisar a composição do veneno, os investigadores retiraram as glândulas a um dragão de komodo do jardim zoológico de Singapura, que estava mortalmente doente. As análises mostraram uma bateria de moléculas que diminuem a pressão sanguínea, o que faz com que a vítima entre em choque quando é mordida. O veneno também está carregado de toxinas anticoagulantes que não deixam a ferida das vítimas sarar. “A combinação da dentada especializada e do veneno parece minimizar o contacto entre o Dragão e a sua preza, o que permite caçar animais maiores”, explicou Bryan Fry.

O dragão de komodo não conta com mais de cinco mil indivíduos distribuídos por cinco ilhas do arquipélago da Indonésia e é considerada uma espécie vulnerável. Este estudo mostrou ainda que o Varanus priscus, um parente próximo do dragão de komodo com sete metros de comprimento que desapareceu há 40 mil anos, também utilizava veneno para atacar as prezas e foi o maior animal venenoso que alguma vez existiu.