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quinta-feira, 21 de julho de 2022

A Energia que nos Consome

 https://ensina.rtp.pt/artigo/a-energia-que-nos-consome/

Vivemos uma era na qual por um lado temos possibilidades tecnológicas como nunca à nossa disposição. Por outro temos a pressão do crescimento demográfico e as ameaças da escassez dos recursos, da poluição e das alterações climáticas. Como podemos satisfazer as necessidades energéticas de uma forma sustentável, sem pôr em risco a permanência neste planeta?

Físicos, teóricos do futuro, cientistas, políticos concordam numa resposta: só com uma revolução energética. Os recursos estão a gastar-se a um ritmo alucinante e a Terra está a definhar. As alternativas são poucas e insuficientes, além de que o investimento nelas é ainda muito baixo em comparação com a exploração que se mantém dos “motores” que têm poluído o planeta, como os hidrocarbonetos – o petróleo ou o carvão – e os combustíveis fósseis, como, por exemplo, o gás natural.

Ao dispor e causando grande controvérsia, temos a energia de fissão – designada de nuclear -, que por mais perigosa que seja nas mãos erradas, no momento errado, para fins letais, tem ainda um problema para o qual não parece existir solução: a toxicidade dos resíduos – a sua radioatividade. O sonho de quem se dedica a desbravar o futuro é o da a energia de fusão – a do sol e das estrelas numa escala gigantesca. Seria uma energia totalmente limpa, mas que não está ainda no quadro de qualquer horizonte temporal.

Por enquanto, os investimentos são pedidos sobretudo para as ditas energias renováveis, como a que podemos aproveitar das ondas do mar ou do vento, por exemplo. É a transição para a chamada energia verde, mas que claramente não dá resposta às necessidades crescentes, nem tão pouco contrapõe os malefícios das energias poluentes que dominam. Basta fixar este número: no nosso mundo são emitidas 23 mil milhões de toneladas de carbono por ano.

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