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sábado, 11 de junho de 2022

Os dinossauros estão no museu da Lourinhã

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Antigos habitantes do planeta, os dinossauros não têm perfil de animal de estimação.Predadores temíveis ou herbívoros inofensivos, a cara é sempre de poucos amigos. Mesmo fossilizados metem muito respeito. Vê-los de perto, só no Parque Jurássico português.

Na peugada destes gigantescos animais pré-históricos andam há muito os lourinhanenses, os habitantes da Lourinhã, mais os paleontólogos, estudiosos de fósseis e dos seres extintos e outros cientistas. E simples curiosos também. As excursões à terra justificam-se com os achados que por lá se vão fazendo, tão únicos e raros que Portugal é um dos países do mundo com mais dinossauros registados.

Os primeiros vestígios foram encontrados na praia Porto das Barcas, em 1863, há mais de 150 anos. Depois, foi uma das maiores pegadas do mundo. Organizaram-se escavações que trouxeram – e continuam a trazer – à superfície ossos de membros e partes do crânio de vários exemplares, bem conservados no tempo. Tornou-se  inevitável arranjar um espaço para mostrar e recriar um passado com  milhões e milhões de anos, vindo diretamente do Jurássico Superior. Assim nasceu a ideia de um museu, concretizada nos anos oitenta.

Lá dentro esperam-nos perigosos carnívoros capazes de comer um homem inteiro e de uma só vez; herbívoros que podiam pesar 10 toneladas e dentes de répteis voadores. E espécies exclusivas, como o Lourinhanosaurus antunesi, ou ovos com 150 milhões de anos, alguns ainda com embriões do maior predador terrestre que gostava de se passear pela Europa, o Torvosaurus.

Faça-se então o que deve ser feito: uma visita ao museu da Lourinhã, que começa aqui com a Marta e com o Duarte a contarem quase tudo sobre os mais velhinhos habitantes da Terra. Das réplicas de dinossauros em tamanho real, vamos aos bastidores do museu com o paleontólogo Octávio Mateus, que nos explica como se recolhem, tratam e preparam os fósseis para exposição.

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