Os microscópicos grãos de pólen das plantas poderão vir a derrubar a ideia de que há crimes perfeitos, ao dar pistas seguras para deslindar casos que desafiam os limites da investigação criminal.A metodologia utilizada por meia dezena de investigadores forenses no Mundo, entre os quais Mafalda Faria, que desenvolve o seu trabalho na Universidade de Coimbra e no Instituto Nacional de Medicina Legal, não é mais do que a análise do pólen e de esporos de plantas que ficam agarrados ao corpo de pessoas e de objectos. O contributo de estudos de Mafalda Faria foi solicitado pela PJ para ajudar a reconstituir crimes como os do jovem universitário que assassinou a ex-namorada em Coimbra. "Para certas situações, a Palinologia é a única que pode resolver. Se, por exemplo, se encontra a arma do crime sem impressões digitais, poderá ter pólen, não daquele local, mas da sua proveniência", explica a investigadora. C.M.


A sequenciação completa do genoma (totalidade de bases de ADN, molécula que contém o código da hereditariedade) dos parentes humanos desaparecidos da Terra há 30 mil anos é uma das notícias mais esperadas para este ano. Embalados pelo genoma quase recuperado do mamute dos gelos siberianos, os cientistas voltam-se agora para as ossadas do homem de Neanderthal com vista a reconstituir o genoma deste hominídeo.