sábado, 7 de abril de 2018
Notícia - Infertilidade humana
Actualmente existem procedimentos biotecnológicos que permitem manipular, até certo ponto, os processos reprodutivos. Estes procedimentos incidem quer sobre o controlo da natalidade quer sobre a resolução de problemas de fertilidade. De facto, o conceito de Saúde Reprodutiva prevê que as pessoas possam ter uma vida sexual satisfatória e segura, tendo a capacidade de se reproduzir e decidir se, quando e com que frequência o fazem.
O desejo manifestado por muitos casais de poder ter filhos é natural, porém, torna-se difícil realizar este desejo nos casais afectados pela infertilidade.
A infertilidade, segundo a Organização Mundial de Saúde, afecta cerca de 10% dos casais de todo mundo. A infertilidade traduz-se na incapacidade temporária ou permanente de conceber um filho ou levar uma gravidez até ao seu termo natural. A infertilidade pode ter origem na mulher, no homem ou em ambos, sendo cerca de 52% dos casos relacionados com factores femininos, e 48% com factores masculinos. Mas em cerca de 1/3 dos casos totais existentes de causas de infertilidade residem em ambos os elementos do casal. Deste modo, é muito importante que os casais afectados procurem assistência médica especializada.
A infertilidade
Como já foi referido, a infertilidade é a incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho ou em levar a cabo uma gravidez até ao seu termo natural.
A infertilidade afecta três em cada dez casais europeus em idade reprodutiva. A maioria dos casais assume que são férteis e esperam conceber um filho logo após o término do uso de métodos contraceptivos. Contudo, em cada dez mulheres em idade fértil duas são inférteis.
Considera-se que existe um problema de infertilidade quando um casal tem relações sexuais regularmente, sem utilizar contracepção durante um período de 1 ano, sem que ocorra uma gravidez. No entanto, tal não significa que a gravidez não possa ocorrer naturalmente após esse período ou recorrendo a técnicas específicas, uma vez que a infertilidade total, ou esterilidade, é uma situação rara. Os tratamentos actuais, que recorrem a técnicas específicas para possibilitar a gravidez, oferecem uma boa taxa de sucesso, e cerca de 3 em cada 4 mulheres submetidas ao tratamento engravidarão.
Um estudo efectuado recentemente indica que um declínio significativo da fertilidade começa entre os 30 e os 33 anos, sendo mais acentuado entre os 35 e os 38 anos para as mulheres, enquanto que nos homens, o declínio da fertilidade é menos dramático, este só se torna notório a partir dos 40 anos.
Quando se suspeita que um casal tem um problema de infertilidade, o primeiro passo do médico passa por realizar os testes no casal, procurando as causas da baixa de fertilidade.
Causas da infertilidade
A maioria dos casais, com dificuldades em engravidar, não é estéril, porém são inférteis ou subférteis. A infertilidade pode ter origem na mulher, no homem, ou em ambos. Contudo existem factores sem causa aparente.
Factores masculinos
No homem, a infertilidade está, geralmente, relacionada com os seguintes problemas:
Produção insuficiente (hipospermia) ou nula (Azoospermia) de espermatozóides;
Produção de espermatozóides de fraca qualidade, ou seja, com formas anormais (Teratozoospermia) ou com baixa ou nula mobilidade, impedindo-os de perfurar a camada externa do óvulo;
Problemas anatómicos ou fisiológicos ao nível do aparelho reprodutor, como a obstrução dos canais por onde circula o esperma (pode decorrer da ausência congénita do deferente, ou do bloqueio de um ducto ejaculatório);
Varicocele;
Criptorquidia;
Infecção espermática;
Gametogénese anormal;
Impotência;
Por vezes, ainda, os espermatozóides são aparentemente normais, mas não conseguem fecundar o óvulo, devido a anomalias bioquímicas impossíveis de detectar ao microscópio;
Causas hormonais, como a falta de FSH e LH;
Desordens imunológicas: anticorpos contra os próprios espermatozóides (anti-espermatozóides);
Anomalias genéticas.
O espermograma é um exame de grande importância na avaliação do homem infértil. Em caso de alteração espermática, deve-se pedir pelo menos dois testes com intervalo de três meses, dado que, este é o período necessário para o nascimento de uma nova família de espermatozóides.
Se os valores encontrados num espermograma de um homem forem diferentes daqueles encarados como normais, considera-se que este poderá ter um problema de infertilidade. Porém, deve-se tomar em atenção que, alguns medicamentos ou factores ambientes podem alterar temporariamente a qualidade do sémen.
As principais causas da produção de espermatozóides de fraca qualidade estão relacionadas com:
– Tabaco;
– Álcool;
– Exercícios excessivos;
– Cafeína;
– O consumo de substâncias psicotrópicas;
– O stress;
– A exposição a substâncias tóxicas como o chumbo;
– Vibração excessiva;
– Defeitos genéticos;
– Alterações hormonais;
– Infecções.
Varicocele
A Varicocele é a principal causa de infertilidade nos homens e ocorre devido a uma dilatação das veias espermáticas internas que drenam o testículo.
A varicocele desenvolve-se devido a válvulas defeituosas que, em condições normais, permitem o refluxo do sangue do testículo para o abdómen. A deficiência testicular ocorre devido ao fluxo anormal de sangue do abdómen para o escroto, deste modo, aumenta a temperatura testicular, propiciando um meio desfavorável para a espermatogénese, afectando assim a fertilidade do homem. Por outro lado, a varicocele interfere na concentração de testosterona, afectando mais uma vez a espermatogénese.
Criptorquidia
Em cada 125 crianças do sexo masculino, uma delas sofre de criptorquidia, que consiste na não descida de um ou dos dois testículos para o escroto (bolsas onde, normalmente, ficam alojados os testículos) durante o desenvolvimento embrionário.
Estas crianças, quando adultos, têm pouco probabilidade de serem férteis, visto que, a não descida dos testículos implica um aumento da temperatura testicular, propiciando um meio desfavorável para a formação de espermatozóides.
Se o testículo não descer para o escroto durante o 3º trimestre da gestação, pode no entanto fazê-lo durante o primeiro ano de vida., contudo, se tal não ocorrer deve-se optar pela cirurgia, todavia, a correcção cirúrgica não garante que o testículo venha a funcionar normalmente.
Factores femininos
Na mulher, alguns dos factores mais comuns que podem levar à infertilidade são:
Ausência da ovulação (anovulação), quer porque os ovários não desenvolvem oócitos maduros, quer porque não os libertam;
Ovulação pouco frequente;
Disfunção do hipotálamo na produção de Gn-RH;
Malformações da hipófise que originam a falta de FSH e LH;
Problemas anatómicos ou fisiológicos ao nível do aparelho reprodutor, como, trompas de Falópio bloqueadas, danificadas ou ausentes, e a obstrução do colo do útero;
Inibição da nidação ou rejeição do embrião após esta fase;
Menopausa precoce (provavelmente genética);
Causas genéticas como o síndrome de Turner em que há pouco ou nenhum tecido ovárico;
Causas psicológicas, como o stress e emoções fortes que provêm, por exemplo, da perda de um ente querido, dificuldades no casamento.
Outros factores que podem provocar infertilidade na mulher são as lesões tubárias, que levam ao bloqueio do encontro do oócito II com o espermatozóide. As suas principais causas são:
– Infecções provocadas por bactérias ou vírus;
– Doenças abdominais, tais como a apendicite, colite, peritonite, infecção pós-parto e aborto, cirurgia prévia – como abdominal ou pélvica;
– Gravidez ectópica (fora do útero), que pode ser letal à mulher e repetitiva;
– Defeitos congénitos, como anormalidades numa ou em ambas as trompas de Falópio;
– Endometriose (formação de endométrio em locais fora do útero), que leva à inflamação e cicatrização das trompas de Falópio.
O muco cervical é outro facto que pode levar à infertilidade na mulher, quer em casos em que ele é escasso, quer em casos em que ele é muito espesso, uma vez que impede a locomoção adequada do espermatozóide para atingir o oócito II.
Decorre de alterações hormonais, como pouco estrogénio, excesso de progesterona.
Outras causas de infertilidade
Deve-se também tomar em consideração que a fertilidade pode ser afectada, em termos individuais, por diversos factores, como a alimentação, o estado de saúde geral ou, no caso da mulher, a idade e a amamentação.
Existem também diversas doenças que podem provocar a infertilidade. As doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou doenças venéreas são doenças infecciosas de etiologia variada e propagam-se, essencialmente, através de contactos sexuais, podendo provocar a infertilidade.
– Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – SIDA;
– Hepatite B;
– Herpes Genital;
– Gonorreia;
– Clamídia;
– Sífilis;
– Candidíase;
– Tricomoníase.
Também as operações cirúrgicas nas quais sejam extraídos os ovários (ovariectomia ou ooforectomia) ou o útero (histerectomia), à mulher, ou os testículos, ao homem, provocarão esterilidade.
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Notícia - Organismos geneticamente modificados: que futuro?
Um organismo geneticamente modificado é um microrganismo, um vegetal ou um animal cujo genoma inclui um fragmento de DNA alheio que foi inserido por um procedimento experimental de recombinação (o que exclui a transferência de DNA viral por um processo infeccioso natural). O DNA alheio adquirido por um OGM faz parte integrante do material genético do seu hospedeiro. É transmitido à sua descendência que constitui uma nova estirpe de organismos vivos.
Como aplicação na biotecnologia moderna, esta técnica permita seleccionar genes individuais para serem transferidos de um organismo para outro, até mesmo entre espécies diferentes.
A transgénese é, assim, uma forma de mutação experimental. O temor associado à manipulação genética é ilustrado pela parábola do Dr. Frankenstein: «Querer criar a criatura perfeita a partir de pedaços de outras pode resultar numa monstruosidade e, o que é pior, numa monstruosidade incontrolável!»
- Prós e Contras da manipulação genética
Qualquer que seja a invenção na área da genética levanta questões éticas e divergência de opiniões.
Prós
Não é verdade que a transgénese cause, inevitavelmente, sofrimento aos animais.
A transformação genética, ao permitir introduzir características consideradas interessantes surge como uma alternativa de enorme potencial.
As plantas transgénicas não têm a toxicidade, os compostos cancerígenos, ou alergénios como muitos corantes, conservantes e outros aditivos que são adicionados a muitos produtos alimentares que consumimos e contra os quais, infelizmente, poucas vozes se levantam.
Para finalizar, a Engenharia Genética, para além de cumprir objectivos científicos e comerciais, cumpre também objectivos humanitários.
Os alimentos transgénicos não apresentam mais riscos para a saúde do que os tradicionais.
Uma planta transgénica possui a mesma garantia que um medicamento, pois passa por controlos adicionais que não são exigidos a um alimento normal.
Não é verdade que as culturas transgénicas se irão impor na agricultura, de modo a acabar com a subsistência rural dos países em vias de desenvolvimento assim como a sua economia.
Estes são alguns argumentos a favor dos OGM.
Contras
Quanto aos argumentos contra estes organismos temos por exemplo o facto de os animais serem providos de sistema nervoso e de uma sensibilidade muito comparável à nossa. A transgénese implica o sacrifício de animais para a criação de estirpes.
Os animais, ao terem um organismo tão complexo serão os cientistas capazes, na verdade, de controlar e prever todos os efeitos que possam ocorrer, será outro aspecto importante.
A modificação genética de plantas coloca problemas quanto ao seu impacto no ambiente natural e à sua utilização enquanto alimentos. Nestes casos, só podem ser utilizados genes sem efeitos nefastos para não contaminar plantas de cultivo e selvagens vizinhas.
Esta técnica é admissível mas deveria restringir-se tanto quanto possível!
Notícia - Células estaminais
Células estaminais
O recurso a células estaminais para combater doenças debilitantes está rodeado de controvérsia.
As células estaminais são células não especializadas que possuem a capacidade de se transformarem em qualquer tipo de tecido humano. Constituem, portanto, um recurso eficaz na criação de tecidos e órgãos saudáveis, permitindo curar doenças mortais.
A investigação científica em células estaminais embrionárias começou nos EUA, mas o despertar de preocupações éticas restringiu o seu financiamento.
No Reino Unido, autoriza-se a colheita deste tipo de células em embriões não utilizados na fertilização in vitro e a clonagem de embriões especificamente destinados à investigação. Outros países, no entanto, manifestam-se claramente contra a investigação em embriões que, de acordo com o Vaticano, é «um acto gravemente imoral». Porém, a utilização de células estaminais embrionárias parece estar para breve: os investigadores esperam testá-las já em 2006.
A células estaminais adultas são mais escassas e mais difíceis de desenvolver.
Os transplantes sanguíneos do cordão umbilical realizam-se desde 1988 e são considerados uma terapia com células estaminais adultas, pois estas provêm de bebés e não de embriões. Ao contrário do que sucede numa transfusão de sangue simples, as células estaminais presentes no cordão umbilical têm capacidade para se fixar na medula óssea e produzir células sanguíneas e imunitárias para toda a vida.
Em Portugal, o transplante de células estaminais adultas já é efectuado no tratamento de algumas patologias, como a leucemia e alguns linfomas.
Revista Science retracta-se no caso de fraude de investigador sul-coreano com células estaminais
A revista Science, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, publicou, em 2004 e 2005, dois artigos falsos do cientista coreano Hwang Woo-suk sobre a criação de linhas de células estaminais para fins terapêuticos. Os seus estudos sobre células-tronco de embriões humanos clonados, que geraram esperança em casos de doenças consideradas até agora incuráveis, tinham sido alicerçados em dados falsos.
Na sequência do facto, o director da Science anunciou a tomada de algumas medidas para evitar que casos como este se repitam, no entanto acredita-se que não se consiga conceber um sistema perfeito para evitar fraudes.
Hwang Woo-suk, que tinha sido elevado à categoria de herói nacional pela Coreia do Sul, é agora considerado um vilão. Os resultados do seu trabalho representavam um trunfo na área da biotecnologia, mas o ídolo tinha pés de barro.
Notícia - A controvérsia dos Organismos Geneticamente Modificados
Os OGM são organismos geneticamente modificados cujo genoma foi manipulado, apresentando diferenças relativamente à sua constituição original. Os OGM respondem a uma necessidade social, dado que a manipulação genética em plantas de cultivo confere-lhes novas características, tais como, maior resistências a doenças, a herbicidas, ao calor, à seca, à geada e redução das necessidades de fertilizantes; permite ainda o desenvolvimento de produtos com maior valor nutritivo e qualidade alimentar.
Contudo, é claro que existem interesses económicos nada defensáveis envolvendo os transgénicos. Assim é necessário distinguir claramente a ciência envolvida com os OGM do uso que se pode fazer dessa ciência.
A chegada ao mercado das plantas transgénicas teve um efeito colateral retumbante, uma luta dos ambientalistas contra os industriais. Os opositores não se declaram contrários aos OGM e à bioengenharia, apenas querem a realização de experiências e análises exaustivas até que fique provado, de forma inequívoca, a sua inocuidade para o homem e o ambiente, defendendo também a rotulagem dos produtos, como forma de garantir ao cidadão o exercício do direito de optar ou não pelo consumo de OGM.
As preocupações referem-se a possíveis impactos negativos dos transgénicos sobre a biodiversidade, ao medo de reacções alérgicas ou tumores/cancros nos seres humanos, e à concentração do poder económico pelos grupos transnacionais possuidores desta ciência. Quanto à biodiversidade, existe o risco de eventual contaminação de seres vivos pela troca de genes com os OGM. Reacções alérgicas aos alimentos, ao que parece, são muito comuns, podendo também ser activadas pelos transgénicos. Sabe-se ainda que a inserção de genes em determinados locais do genoma pode activar oncogenes, responsáveis pelo aparecimento de cancros e tumores.
Fica deste modo em aberto: serão as manipulações genéticas seguras a este nível? Não poderão os OGM transportar outros genes para além dos desejados? Não poderão as novas tecnologias ser postas ao serviço de corporações, aumentando-lhes o poder económico?
Notícia - Cientistas propõem projecto para criar genoma humano sintético
Um grupo de 25 cientistas propôs nesta quinta-feira um projecto ambicioso para criar um genoma humano sintético, ou rascunho genético, uma ideia que levanta preocupações sobre até que ponto é que a vida humana pode ou deve ser construída.
Um genoma humano sintético poderá tornar possível fabricar humanos sem parentes biológicos – criando o espectro, por exemplo, do aparecimento de humanos por encomenda com características genéticas "melhoradas".
Os cientistas disseram que esse não era o objectivo. Alegam que as aplicações potenciais de um genoma humano sintético incluem fazer crescer órgãos humanos para transplantes, criar imunidade contra vírus, criar resistência contra o cancro e acelerar o desenvolvimento de vacinas e fármacos usando células e órgãos humanos.
O projecto tem como objectivo construir um genoma sintético e testá-lo em células em laboratório dentro de dez anos. A ideia, que surgiu numa reunião em Maio, na Universidade de Harvard, nos EUA, em que participaram cientistas exclusivamente convidados para o encontro – tendo por isso sido alvo de denúncias como sendo demasiado secreta –, foi revelada nesta quinta-feira num artigo na revista Science escrito pelos cientistas envolvidos.
Os cientistas reconheceram que a ideia é controversa e disseram que iriam procurar o envolvimento público e ter em consideração implicações éticas, legais e sociais. A maioria dos investigadores trabalha em universidades e noutras instituições dos Estados Unidos. O trabalho foi baptizado "Projecto de Escrita do Genoma Humano".
Os cientistas esperam obter 100 milhões de dólares (89,75 milhões de euros) de financiamento público e privado para iniciar o projecto este ano e estimam um custo total abaixo dos 3000 milhões de dólares (2692 milhões de euros) gastos no Projecto do Genoma Humano, que mapeou completamento o ADN humano pela primeira vez em 2003.
Um genoma sintético envolveria o uso de químicos para criar o ADN presente nos cromossomas humanos. O novo projecto “irá incluir a construção de linhas celulares com o genoma humano completo e de linhas celulares com o genoma de outros organismos com relevância na agricultura e na saúde, ou de organismos necessários para interpretar as funções biológicas humanas”, escreveram os cientistas, liderados pelo geneticista Jef Boeke, do Centro Médico Langone da Universidade de Nova Iorque, no artigo.
Os cientistas disseram que um genoma sintético é uma “continuação lógica” dos instrumentos de engenharia genética usados nas últimas quatro décadas de um modo seguro pela indústria de biotecnologia.
O grupo também inclui especialistas da Escola Médica de Harvard, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, da Universidade de Yale, da Universidade de Columbia, da Universidade da Califórnia em Berkeley, da Universidade de Washington, todas elas instituições nos Estados Unidos, e da Universidade de Edimburgo, na Escócia, do instituto Autodesk Research, da empresa Bioeconomy Capital e de outras entidades.
Cientistas não envolvidos referiram possíveis benefícios do novo projecto, como conhecer-se a função de vastas partes do genoma que continuam misteriosas e ajudar a compreender melhor como é que os genes são regulados e por que é que há tanta variedade genética entre indivíduos e populações humanas.
“Irá também fornecer tecnologias para a terapia genética avançada e levar a uma compreensão muito maior de como o genoma está organizado e de como é que isso se altera nas doenças celulares”, disse Paul Freemont, co-director do Centro para a Inovação e Biologia Sintética no Imperial College de Londres. “O projecto não é assim tão controverso como alguns observadores estarão a dizer”, observou ainda John Ward, professor de Biologia Sintética da University College de Londres. “Não há nenhum pedido para se fazer um ser humano inteiro.”
O projecto surge numa altura de debate intenso sobre a ética de usar em embriões humanos o novo instrumento de edição genómica chamado CRISPR-Cas9, depois de cientistas chineses terem publicado em 2015 os resultados de um estudo que envolvia o uso daquela técnica em embriões humanos, levando a pedidos de proibição global deste tipo de investigação.
Os defensores dizem que a CRISPR pode ajudar a acelerar o esforço dos cientistas em corrigir e prevenir as doenças hereditárias, que passam no genoma de pais para os filhos. Mas os críticos preocupam-se com os efeitos desconhecidos nas novas gerações e a tentação de futuros pais alterarem o genoma de embriões para melhorar características como a inteligência e as capacidades atléticas.
Informação retirada daqui
Exame Nacional - Ensino Secundário - Biologia e Geologia - 702 - 2016 - 1ª Fase
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