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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Conteúdo - Escala de Mercalli e Richter

Nos últimos anos, os cientistas têm utilizado uma nova técnica de análise da propagação das ondas sísmicas denominada tomografia sísmica . Os registos de dezenas de milhar de estações podem ser recolhidos num computador que, a partir deles, produz imagens tridimensionais do interior do planeta, tal como poderás verificar quando estudares a estrutura da Terra.
Os sismos podem ter efeitos devastadores para o ser humano, provocando mortes e a destruição dos seus lares e outros bens.
Para determinar a intensidade de um sismo usa-se muitas vezes a escala de Mercalli modificada ou escala Internacional, que se baseia nos efeitos destruidores do sismo na superfície terrestre e nos bens humanos. Para se utilizar esta escala é necessário fazer-se um inquérito à população atingida pelo sismo, com o intuito de se saber quais os danos por ele causados. A quantificação da intensidade de um sismo pela escala de Mercalli é expressa em graus de I a XII.
Usando um mapa e ligando neste os diferentes pontos em que o sismo se fez sentir com a mesma intensidade, obtêm-se linhas mais ou menos concêntricas designadas por isossistas . Como estas limitam zonas onde o sismo atingiu a mesma intensidade, é possível, assim, ter uma noção mais generalizada dos efeitos do sismo à escala do país e observar a zona onde este atingiu maior intensidade, ou seja, a zona que corresponde ao epicentro do sismo.
A determinação da intensidade do sismo pela escala de Mercalli depende, por um lado, das respostas obtidas no inquérito, que podem ser influenciadas pelos momentos difíceis vividos pela população e, por outro, do facto de o mesmo sismo, poder ser mais ou menos destruidor
consoante as condições do local afectado. Deste modo, para determinar com precisão a magnitude de um sismo, existe uma outra escala - escala de magnitude de Richter– que se baseia em cálculos complexos relacionados com a quantidade de energia libertada pelo sismo no hipocentro.
A escala de Ritcher determina a magnitude do sismo a partir da amplitude das vibrações sísmicas registadas no sismograma.
A magnitude de um sismo é, assim, uma medida da energia libertada e, portanto, uma medida de grandeza absoluta, pelo que é uma escala muito mais precisa do que a escala de Mercalli.
No quadro seguinte estão indicados os efeitos dos sismos de acordo com a sua magnitude.
Teoricamente, a magnitude de um sismo pode ser qualquer número real positivo. Na prática, os sismógrafos apenas gravam os sismos cuja magnitude excede 1,0 e nunca foi registado nenhum que tenha excedido 9,0. Portugal está situado numa zona sísmica, verificando-se que os Açores e as regiões de Lisboa e do Algarve são os territórios com maior actividade sísmica.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Conteúdo - Sismógrafos

A maioria dos sismos só é detectada por aparelhos muito sensíveis - os sismógrafos – que se encontram em estações sismográficas.
As ondas sísmicas resultantes das vibrações das rochas são registadas graficamente, obtendo-se um traçado que se designa por sismograma .
Existem três tipos de ondas sísmicas: as P, que são as mais velozes, pelo que são as primeiras a serem registadas; as S, que são menos rápidas que as Pmas mais destrutivas; as L, ondas superficiais,que são as mais lentas e as mais destrutivas.
Os sismógrafos mais modernos têm dois componentes – um localizado no terreno que detecta as vibrações do solo e transmite essa informação ao outro componente, localizado na estação central, que as regista. As vibrações do solo são amplificadas cerca de um milhão de vezes.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Conteúdo - Hipocentro/Epicentro

A zona do interior da Terra onde o sismo se originou designa-se por foco ou hipocentro  e a zona à superfície terrestre que se situa na vertical do hipocentro denomina-se  epicentro.
A partir do hipocentro, as vibrações sísmicas transmitem-se em todas as direcções sob a forma de ondas. Estas diminuem de intensidade por dispersão da energia, à medida que se propagam e se afastamdo local de origem. Assim, um sismo corresponde às vibrações das rochas resultantes da libertação de energia no interior da Terra e propaga-se na forma de ondas sísmicas .

terça-feira, 5 de maio de 2009

Conteúdo - A ORIGEM E A PROPAGAÇÃO DOS SISMOS

Os sismos são vibrações bruscas da litosfera que ocorrem numa determinada região e durante um curto período de tempo. Dos diversos tipos de causas naturais que podem originar um sismo, a fractura  das rochas da litosfera, provocada pelas forças internas da Terra, seguida do deslizamento das rochas umas em relação às outras, é o mais importante.
Devido, principalmente, aos movimentos das placas litosféricas, as rochas existentes no bordo destas ficam sujeitas a intensas forças de vários tipos. Estas forças provocam a deformação da rocha e mesmo a sua fractura, quando são ultrapassados os seus limites de resistência à deformação. Nestas condições, os blocos rochosos podem deslizar bruscamente um em relação ao outro, ao longo do plano de falha, libertando-se energia que gera vibrações que se propagam na forma de ondas e originam um sismo.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Conteúdo - Riscos da Actividade Vulcânica

A actividade vulcânica é, por um lado, um agente modificador da paisagem e, por outro, em determinadas circunstâncias, pode provocar alterações climáticas.
Uma erupção vulcânica pode ter um impacto no clima, apesar do seu efeito ser normalmente breve. Muitas erupções lançam para as camadas altas da atmosfera grande quantidade de cinzas vulcânicas, que podem demorar anos a depositar. Um exemplo de alterações climáticas provocadas por erupções vulcânicas, é o caso da erupção do Krakatoa, em 1883, na sequência da qual a temperatura da região desceu cerca de  0,5 °C e os efeitos deste abaixamento da temperatura fizeram-se sentir durante cerca de 10 anos.
Em algumas erupções vulcânicas, como a do El Chichon no México, em 1982, e a do Monte Pinatubo nas Filipinas, em 1991, foram lança- dos para a atmosfera gases ricos em enxofre que formaram «nuvens de ácido sulfúrico», que, por sua vez, originaram chuvas ácidas res ponsáveis pela destruição da vegetação sobre a qual caíram.

Quando os vulcões se situam em zonas povoadas, apresentam diversos riscos para as populações. As lavas incandescentes, os piroclastos ou mesmo os gases quentes e muitas vezes tóxicos, podem ter um efeito devastador  sobre equipamentos, infra-estruturas, habitações e mesmo, directamente, sobre as pessoas, causando, por vezes, mortes. Por exemplo, o vulcão africano Nyiragongo, no Congo, nas suas diferentes erupções, tem provocado a morte de centenas de pessoas e a deslocação de centenas de milhares.

Conteúdo - Materiais Resultantes das Erupções

Quando um vulcão entra em actividade, tal como aconteceu durante a erupção do vulcão dos Capelinhos em 1957 e do vulcão de Santa Helena em 1980, são produzidos e emitidos materiais gasosos, em fusão e sólidos.
Os materiais gasosos mais frequentemente libertados são vapor de água, amoníaco, monóxido de carbono, dióxido de carbono e sulfureto de hidrogénio.
Os materiais em fusão  correspondem à  lava, designação atribuída ao magma quando sai do vulcão. A lava é menos rica em gases que o magma, porque este os foi perdendo ao longo da sua ascensão até à superfície.
Os materiais sólidos  são designados por  piroclastos e resultam da fragmentação e da solidificação do magma. Estes podem ter diferentes dimensões, desde as bombas, que têm um diâmetro compreendido entre 32 mm e 1 m, até às cinzas, cujo diâmetro é inferior a 2 mm.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Conteúdo - Tipos de Erupções

Ao longo do período activo do vulcão, e mesmo no decurso da erupção, as características desta podem alterar-se, podendo ser tranquila em determinados momentos e violenta noutros. Esta alternância depende fundamentalmente do tipo de lava – mais fluida ou mais viscosa – que está relacionado com a sua composição química. O tipo de lava determina, assim, os dois tipos gerais de actividade vulcânica: efusiva e explosiva.

Na actividade efusiva , a lava é muito fluida. Se é expelida para o exterior, através de uma cratera, forma como que um repuxo que escorre pelo cone vulcânico – rios de lava – e não há emissão de piroclastos. Deste tipo de actividade resultam geralmente cones vulcânicos relativamente baixos e de flancos suaves.

A maior parte da actividade vulcânica ocorre «escondida» no fundo oceânico. Na zona dos rifts , a lava fluida ao ser expelida, ao longo das enormes fissuras existentes, espalha-se cobrindo o fundo oceânico como um tapete, não originando assim a formação de um cone vulcânico.

Esta lava toma aspectos muito característicos, com formas arredondadas, e é designada por lava em almofada.  


Numa actividade explosiva, o magma que origina a lava é mais viscoso, pelo que flui mais lentamente, dificultando a libertação de gases, o que provoca explosões violentas. As explosões que caracterizam a actividade vulcânica explosiva originam a fragmentação da lava em porções tanto mais pequenas quanto mais violentas forem as explosões.

Por arrefecimento das porções de lava, originam-se piroclastos de diferentes dimensões. Nesta actividade, formam-se nítidos cones vulcânicos com a típica forma cónica, cujos flancos apresentam forte inclinação.

Se o magma que origina a lava for muito viscoso, solidifica ainda na chaminé, obstruindo-a. Nestes casos, a normal libertação dos gases é impedida, pelo que a sua pressão aumenta, o que acaba por provocar violentas explosões.

Para além das enormes colunas de gases, formam-se muitas vezes nuvens de gases e cinzas a altas temperaturas – nuvens ardentes – que «rolam» junto ao solo, destruindo tudo à sua passagem.

Conteúdo - Constituição de um Vulcão

Cone vulcânico: elevação de forma cónica, resultante da acumulação libertados durante uma erupção.



Chaminé vulcânica: canal no interior do aparelho vulcânico, que estabelece a comunicação entre a câmara magmática e o exterior.



Cratera: abertura do cone vulcânico, em forma de funil, que se localiza no topo da chaminé, formada por explosão ou por colapso da chaminé.



Câmara magmática: local situado no interior da Terra, onde se acumula, que se designa magma. Nem todos os vulcões possuem esta estrutura. Por vezes, o magma ascende directamente da zona onde é formado.



Cones secundários: pequenos cones vulcânicos localizados nos flancos do cone principal, alimentados pela chaminé e pela câmara magmática deste.



Magma: material rochoso fundido.

Conteúdo - Constituição de um Vulcão

Os Vulcões são aberturas naturais na superfície terrestre, através das quais é expelido Magma – rocha fundida formada no interior da Terra – para o exterior. Segundo a sua localização, existem vulcões que ocorrem nos limites das placas litosféricas - vulcões interplacas -, como os dos rifts e os das zonas de subducção e outros que ocorrem intraplacas - vulcões dos pontos quentes ou hot-spots. Apesar de em muitos dos vulcões activos não se formar um acentuado cone vulcânico – vulcões dos rifts, a imagem de vulcão que a maioria das pessoas tem corresponde a uma forma cónica com uma ou mais aberturas. Existem vulcões que correspondem mais claramente a esta imagem – são os vulcões dos pontos quentes e os das zonas de subducção.


Conteúdo - Localização da Actividade Sísmica


Existem diferentes testemunhos que evidenciam o enorme dinamismo da Terra, dos quais se salientam os sismos e os vulcões. O exame atento das zonas do nosso planeta com vulcanismo activo e com sismicidade evidencia de imediato que são coincidentes com o limite das placas litosféricas.

duas zonas de intensa actividade sísmica na Terra: a faixa que cicunda o oceano Pacífico; a faixa que atravessa a América Central, a zona média do oceano Atlântico, o mar Mediterrâneo, a Índia e Java.

Portugal é uma das regiões sísmicas do mundo, registando uma actividade sísmica regular.
A actividade vulcânica actual, representada pelos cerca de mil vulcões activos, não se encontra distribuída uniformemente na Terra, existindo três regiões onde é mais intensa:

à volta do oceano Pacífico – Anel de Fogo do Pacífico – onde se situam mais de metade dos vulcões activos do planeta;

à volta do mar Mediterrâneo;

no oceano Atlântico, segundo a direcção Norte-Sul, onde se inclui o arquipélago
dos Açores.


Portugal é um dos raros países europeus que integra no seu território vulcanismo activo.
Há uma coincidência evidente entre o limite das placas litosféricas e as zonas do mundo com vulcanismo activo e actividade sísmica. De facto, grande parte dos sismos e dos vulcões originam-se no bordo rifts das placas litosféricas, quer seja nos quer seja nas zonas de subducção. É, portanto, nos limites das placas que se manifestam com maior intensidade as forças internas do planeta e os movimentos a elas associados, em suma a dinâmica interna da Terra, sendo, as principais evidências desta, os sismos e os vulcões.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Notícia - A Evolução de Darwin

O Jardim Zoológico associou-se à Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito da exposição: “A EVOLUÇÃO DE DARWIN”. A partir de 12 de Fevereiro, data de aniversário de Darwin, poderá ver na Fundação Calouste Gulbenkian, a primeira reconstituição tridimensional do jovem Darwin. Esta exposição incluirá uma reconstituição da viagem do Beagle e do escritório do cientista. A Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolveu também um ciclo de conferências sobre a temática. O Jardim Zoológico estará presente na exposição, numa galeria anexa, que terá alguns animais: uma Tartaruga-terrestre, um Lagarto-dragão, uma Iguana-verde, entre outros.

Paralelamente a esta exposição, o Jardim Zoológico desenvolve no seu espaço o programa educativo: “AO ENCONTRO DE DARWIN”. De uma forma divertida e interactiva, apresentamos Charles Darwin junto do público escolar (do 2º Ciclo ao Secundário), visitante da exposição na Gulbenkian com os seguintes objectivos:

- Compreender como a Ciência e a sociedade têm interpretado a
grande diversidade de seres vivos;

- Dar a conhecer Charles Darwin e a sua obra «A Origem das
Espécies»;

- Compreender a influência que o ambiente exerce na
diversidade de espécies existentes no planeta;

- Identificar espécies semelhantes às que Darwin encontrou e
estudou nas suas incursões pelas Galápagos;

- Identificar as características mais marcantes e distintivas dos
animais seleccionados;

- Identificar os diversos argumentos que apoiam a Teoria da
Evolução;

- Compreender a Teoria Sintética da Evolução.


O programa proposto consiste num Peddy Paper, durante o qual os alunos são convidados a ir ao encontro de Darwin, tendo que para isso seguir as indicações deixadas por ele na forma de cartas ao longo de um percurso exploratório pelo espaço. A última carta indica o local no Jardim Zoológico onde se encontra Darwin, que então debate com o grupo a sua viagem e as suas teorias. É privilegiado o método interrogativo e a interacção com o grupo. Promove-se a aprendizagem autónoma e o espírito crítico, bem como a inter-ajuda e o trabalho em equipa.

Para mais informações poderá telefonar para 21 723 29 60 ou enviar um e-mail para pedagogico@zoolisboa.pt



Período de realização: De 2ª a 6ª feira, de Fevereiro a Junho de 2009.

Horários: Flexíveis. De acordo com as marcações já efectuada para a exposição na Gulbenkian.

Duração: Aproximadamente 1h30

Capacidade: 25/30 alunos por encontro. O grupo à chegada é dividido em 2 grupos mais pequenos para o Peddy Paper que se reúnem novamente quando encontram Darwin.

Preço para o programa educativo: Gratuito.

Preço de entrada no Zoo: Promoção especial para as escolas que visitarem a exposição na Fundação Calouste Gulbenkian 5€ por aluno.

Intervenientes: Guias/Biólogos do Centro Pedagógico; Público escolar.

Nota importante: Contactar o Centro Pedagógico antes de visita ao Zoo. Obrigatório marcação