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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Divulgação - Animações em Flash para Geologia




Tectónica de Placas
Limite Divergente (Dorsal) 1 
Limite Divergente (Dorsal) 2 
Limite Divergente
Rifting
Limite Divergente -  Origem das Anomalías Magnéticas
Abertura do Oceano Atlântico 
Falhas Oceânicas
Limite Convergente (Andes)
Limite Convergente (Andes)
Génese do Magma em subducção 
Limite Convergente (Prisma de acreção) 
Limite Convergente (arco insular oceânico) 
Limite Convergente (arco insular oceânico 2)
Colisão Continente-Continente 
Movimento de Placas e Plumas do Manto 
Convecção no Manto
Cadeia vulcânica de ponto quente (Hot Spot) 1 
Cadeia vulcânica de ponto quente (Hot Spot) 2 
Ruptura Continental por pluma térmica (ponto triplo)
Ruptura da Pangea e abertura dos oceanos 1 
Ruptura da Pangea e movimentos continentais 2 (Wegener) 
Ruptura da Pangea e movimentos continentais 3 (Bullard) 
Vulcões
Erupção no Monte St. Helena 
Geología Estrutural
Tipos de Placas
Tipos de Falhas 1
Tipos de Falhas 2
Falhas Normais e Associações
Falhas Inversas e tipos
Teoría do Rebote
Terramotos e Sismología
Hipocentro de um Terramoto
Ondas sísmicas
Sismógrafo Vertical
Sismograma e Sismógrafo Horizontal
Tsunami
Refracção Sísmica
Reajustamento  Isostático
Isostasia numa Cadeia Montanhosa

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Conteúdo - O que é um sismo?

A Terra estremece , brusca e inesperadamente, cerca de um milhão de vezes por ano, segundo algumas estimativas.
Um sismo é um movimento vibratório brusco da superfície terrestre, a maior parte das vezes devido uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra. Os sismos mais violentos resultam na sua maior parte dos movimentos das placas crustais particularmente em torno das margens do Oceano Pacifico e numa cintura que se estende através da Europa do Sul até à Ásia.
Os sismos menos violentos resultam em geral das erupções vulcânicas, desmoronamentos de terra e das explosões.
De entre destes sismos designam-se por sismos de colapso, sismos vulcânicos ou sismos tectónicos

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Conteúdo - O Sistema Excretor


Função
O aparelho excretor é um conjunto de órgãos que produzem e excretam a urina, o principal líquido de excreção do organismo. Os dois rins filtram todas as substâncias da corrente sanguínea, estes resíduos formam parte da urina que passa, de forma contínua, pelos ureteres até à bexiga.
Depois de armazenada na bexiga, a urina passa por um conduto denominado uretra até o exterior do organismo. A saída da urina produz-se pelo relaxamento involuntário de um esfíncter que se localiza entre a bexiga e a uretra e também pela abertura voluntária de um esfíncter na uretra.

Excreção
Excreção é o processo pelo qual eliminam substâncias nitrogenadas tóxicas (denominadas excretas ou excreções que provêm principalmente da degradação de aminoácidos ingeridos no alimento), produzidas durante o metabolismo celular.

Ureia
A ureia é a principal excreta, sendo eliminada dissolvida em água, formando a urina. Por terem a ureia como principal excreta, os homens são chamados de ureotélicos.



Os rins, são duas glândulas de cor vermelha escura colocadas simetricamente nos lados da coluna vertebral, na região lombar. Medem 10 cm de largura e pesam cerca de 150 gr cada um. O peritoneo, membrana serosa que cobre a superfície interior do abdómen, prende-os fortemente contra a parede abdominal. A extremidade superior de cada rim é coberta por uma glândula endócrina, a glândula supra-renal.

O sangue que vai se depurar passa pela artéria renal até os rins e sai pela veia renal, debaixo do envoltório granuloso formado pelos glóbulos glomérulos de Malpighi. Tais glomérulos são constituídos por capilares sanguíneos, arteríolas, e envoltos na cápsula de Bowman, que é uma bolsa que continua com o tubo urífero. Cada rim contém dois milhões destes tubos, agrupados em feixes piramidais, são os que contém a urina, a qual passa a pélvis renal e daí aos uréteres, que são o conduto excretor do rim que comunica a pélvis com a bexiga.

A bexiga tem um comprimento aproximado de uns 30cm e um diâmetro de 5mm. Nela se deposita a urina até o momento de sua expulsão ao exterior.

Formação de urina
O sangue chega ao rim pela artéria renal que se ramifica em numerosos capilares.
O rim extrai deste sangue água e substâncias prejudiciais em excesso formando assim a urina.
O sangue purificado passa para a veia renal saindo do rim.
A urina assim formada passa aos ureteres e desce à bexiga onde é armazenada
Quando a bexiga se enche sentimos vontade de urinar
A urina sai da bexiga através da uretra.

Suor
O suor é um líquido produzido pelas glândulas sudoríparas, que se encontra na pele. Existem cerca de dois milhões de glândulas sudoríparas espalhadas por nosso corpo; grande parte delas localiza-se na fronte, nas axilas, na palma das mãos e na planta dos pés.
O suor contém principalmente água, além de outras substâncias, como ureia, ácido úrico e cloreto de sódio (o sal de cozinha). As substâncias contidas no suor são retiradas do sangue pelas glândulas sudoríparas. Através de canal excretor - o duto sudoríparo -, elas chegam até a superfície da pele, saindo pelos poros. Eliminando o suor, a actividade das glândulas sudoríparas contribui para a manutenção da temperatura do corpo.

O homem é um animal homoeotérmico, isto é, mantém a temperatura do corpo praticamente constante, ao redor de 36,5°C. Quando praticamos algum exercício físico (futebol, corrida, levantamento de objectos pesados, etc.), a grande actividade muscular produz muito calor e a temperatura do corpo tende a aumentar. então eliminamos suor; a água contida no suor se evapora na pele, provocando uma redução na temperatura do ar que a circunda. Isso favorece as perdas de calor do corpo para o ambiente, fato que contribui para a manutenção da temperatura do nosso corpo.

É fabricado nas glândulas sudoríparas, abundantes nas palmas das mãos, plantas dos pés e axilas. São compostas por tubos enrolados à volta dos quais se encontram capilares sanguíneos.
As glândulas sudoríparas situam-se na derme abrindo à superfície da epiderme através de um poro.

domingo, 15 de maio de 2011

Conteúdo - O Sistema Digestivo


O sistema digestivo ou gastrointestinal inclui o tubo digestivo (que é constituído por: boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e recto), e órgãos glandulares (glândulas salivares, glândulas estomacais, fígado e pâncreas) que segregam substâncias que lançam no interior desse tubo.

A função deste aparelho é transferir as moléculas orgânicas, água e sais minerais que constituem a alimentação para o meio interno do organismo, de modo a que os átomos e moléculas que os constituem possam ser distribuídos pelas células através do sistema circulatório.
O tubo digestivo de um adulto mede aproximadamente 8/9 metros de comprimentos desde a boca até ao ânus, e o seu interior está em contacto com o exterior através desses dois orifícios, o que quer dizer que, em sentido estrito, o conteúdo do tubo digestivo é exterior ao corpo humano. Ao contrário do que geralmente se imagina, a eliminação de produtos desnecessários (excreção) não é uma função principal do aparelho digestivo. O maior responsável pela eliminação dos resíduos é, no corpo humano, o aparelho renal, enquanto que as fezes são, maioritariamente, constituídas por materiais não digeridos e por bactérias que residem no tubo digestivo, isto é, por materiais que nunca penetram, de facto, no corpo humano.

A digestão

As substâncias simples da nossa dieta, como a água, os sais minerais e as vitaminas (excepto a vitamina B12), podem ser absorvidas ao longo do tubo digestivo sem sofrerem transformações. Contudo, as macromoléculas, como proteínas, gorduras e hidratos de carbono, têm de ser transformadas em moléculas pequenas e menos complexas para serem absorvidas. As proteínas são desdobradas em polipéptidos, péptidos e aminoácidos. Os hidratos de carbono são transformados em açúcares simples (monossacarídeos) como a glicose, a frutose e a galactose, entre outros. As gorduras são parcialmente separadas em ácidos gordos e glicerinas. A transformação dos alimentos ocorre ao longo do tubo digestivo por acção de fenómenos mecânicos e químicos que, no seu conjunto, constituem a digestão.
Para executar estas transformações, o aparelho digestivo realiza três tipos distintos de actividades, que tornam máximo o aproveitamento dos nutrientes: secreção, movimento e absorção. A digestão é uma função que se desenrola de forma sequencial, isto é, trata-se de um conjunto de fenómenos que acontecem sucessivamente, de acordo com uma determinada ordem.
Esta função recebe o contributo de agentes que são produzidos por alguns desses órgãos, ou então segregados por glândulas secretoras que lhes estão associadas e que, pela sua natureza, auxiliam a transformação dos alimentos em entidades químicas mais simples (secreção).
A esta acção de ataque químicos também se associam, ao longo do trajecto do tubo digestivo, vários outros efeitos mecânicos que resultam da contracção das paredes de alguns órgãos que o constituem. Por exemplo, o estômago, ao contrair-se de forma própria, mistura o seu conteúdo com grande eficiência, e o esófago e o intestino delgado contribuem, com as suas contracções, para o avanço dos materiais ao longo do percurso (movimento).
As moléculas resultantes do processo digestivos são capazes de atravessar as paredes do intestino delgado, através de uma camada de células epiteliais, para se integrarem no sangue ou na linfa (absorção).
Residualmente, ficam no intestino materiais que o aparelho digestivo não transformou em substâncias assimiláveis e que elimina sob a forma de fezes.

Curiosidades:

Qual é o comprimento dos intestinos? Pelo menos 7,5 metros nos adultos. Se acham que é muito, dêem graças a Deus por não serem um cavalo adulto que tem nada mais nada menos do que 27 metros de intestino!

Mastigar comida demora entre 5 e 30 segundos.

Engolir demora cerca de 10 segundos

A comida pode andar às voltas no estômago durante 3 a 4 horas.

A comida demora 3 horas a atravessar o intestino.

A secagem e 'passeio' da comida pelo intestino grosso pode demorar entre 18 horas e 2 dias.

Durante uma vida, o sistema digestivo aguenta com 50 toneladas de comida.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Conteúdo - Sistema Circulatório

Do sistema circulatório fazem parte o coração, que é o órgão central, as artérias, arteríolas e capilares que levam o sangue enriquecido em O2 aos tecidos e as veias que transportam o sangue com CO2, produto das trocas gasosas nos tecidos, até ao coração, que por sua vez o remete para os pulmões. O coração é constituído pelo miocárdio, que tem a particularidade de autogerar impulsos nervosos de uma maneira rítmica, conferindo-lhe a capacidade de se contrair e relaxar de acordo com a frequência determinada por esses impulsos. É este ritmo que captamos através da frequência cardíaca que, usualmente, se situa em repouso entre as 60 e 80 pulsações por minuto.

O sangue desempenha três funções essenciais: transportar oxigénio, distribuir os alimentos e remover o dióxido de carbono e outros detritos eliminados pelas células.

Em 1900, um biologista alemão, Karl Landsteiner, anunciou a descoberta dos chamados grupos sanguíneos - A, B, AB ou O. Além disso, descobriu também a existência de uma substância nos glóbulos vermelhos, factor Rh (as pessoas que possuem essa substância são Rh positivas e as que não possuem são Rh negativas). Isto faz com que o conjunto dos diversos grupos sanguíneos que hoje se podem identificar à superfície dos glóbulos vermelhos de uma pessoa a tornem perfeitamente individualizável e distinta de qualquer outra.

Vasos sanguíneos : existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.
Artérias: a sua função é levar o sangue desde o coração até os tecidos. Três capas formam as suas paredes, a externa ou adventícia de tecido conjuntivo; a capa media de fibras musculares lisas, e a interna ou íntima formada por tecidos conectivos, e por dentro dela se encontra uma capa muito delgada de células que constituem o endotélio.
Veias: devolvem o sangue dos tecidos ao coração. À semelhança das artérias, as suas paredes são formadas por três capas, diferenciando-se das anteriores somente por sua menor espessura, sobretudo ao diminuir a capa media. As veias têm válvulas que fazem com que o sangue circule desde a periferia rumo ao coração ou seja, que levam a circulação centrípeta.
Capilares: são vasos microscópicos situados nos tecidos, que servem de conexão entre as veias e as artérias; sua função mais importante é o intercâmbio de materiais nutritivos, gases e desperdícios entre o sangue e os tecidos. As suas paredes compõem-se de uma só capa celular, o endotélio, que se prolonga com o mesmo tecido das veias e artérias em seus extremos.
O sangue não se põe em contacto directo com as células do organismo, se bem que estas são rodeadas por um líquido intersticial que as recobre; as substâncias se difundem, desde o sangue pela parede de um capilar, por meio de poros que contém os mesmos e atravessa o espaço ocupado por líquido intersticial para chegar às células.
As artérias antes de se transformarem em capilares são um pouco menores e chamam-se arteríolas, e o capilar quando passa a ser veia novamente tem uma passagem intermediária nas que são veias menores chamadas vénulas; os esfíncteres pré-capilares ramificam os canais principais, abrem ou fecham outras partes do leito capital para satisfazer as variadas necessidades do tecido. Dessa maneira, os esfíncteres e o músculo liso de veias e artérias regulam o fornecimento do sangue aos órgãos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Conteúdo - O Sistema Respiratório

O sistema respiratório é constituído pelas fossas nasais, pela boca, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. O tecido pulmonar é constituído por uma grande quantidade de alvéolos. Por sua vez, a parede dos alvéolos é atapetada por uma membrana respiratória ao nível da qual se processam as trocas gasosas. Assim, os pulmões funcionam como o interface entre o meio gasoso e o meio líquido que é o sangue, pois é neles que este se enriquece de oxigénio e elimina o dióxido de carbono.

A respiração compõe-se de três partes: a entrada de ar ou inspiração, a apneia que é uma pequena paragem e a expiração, ou seja, a saída do ar. Para respirar é indispensável efectuar movimentos ao nível da caixa torácica que possibilitem a inspiração e expiração. Os músculos intercostais, escalenos, abdominais e o diafragma entre outros, asseguram os movimentos necessários.


As vias respiratórias são constituídas por uma série de dutos que permitem ao ar passar do ambiente externo aos pulmões e vice-versa. O ar entra pelo nariz percorre as fossas nasais e passa para a faringe; daí desce pela laringe que é continuada pela traqueia. Esta, chegando no tórax, se bifurca em dois ramos, o brônquio direito e o brônquio esquerdo que chegam aos respectivos pulmões. Para a respiração contribui também a caixa torácica, da qual os movimentos de expansão e de redução são essenciais para que o ar possa entrar e sair das vias respiratórias.
Fossas nasais e faringe, mesmo fazendo parte das vias respiratórias, desempenham ainda outras funções: as fossas nasais são a sede do sentido do olfacto, enquanto a faringe pode ser considerada também um órgão do aparelho digestivo desde que por ela (ou melhor, pela porção faringe que está atrás da boca) passa o bolo alimentar, além do ar.
A laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões são, ao contrário, órgãos unicamente respiratórios e não tem outras funções.





A DINÂMICA DA RESPIRAÇÃO


Pode dividir-se em distintos processos:
1. Inspiração: Consiste na entrada de ar até os alvéolos pulmonares. Ingressa oxigénio.
2. Processo de intercâmbio de oxigénio e bióxido de carbono entre os alvéolos pulmonares e o sangue; e transporte do sangue aos tecidos. Expiração Inspiração


3. Expiração: consiste na saída do ar dos alvéolos pulmonares para o exterior. Elimina-se bióxido de carbono.
O oxigénio ingressa pela narina, atravessa a faringe, a laringe e traqueia. A traqueia se ramifica em dois brônquios, que se dirigem cada um a um pulmão.
No pulmão os brônquios vão se dividindo e, ao mesmo tempo, diminuem seu calibre até formar os bronquíolos.
Esses continuam se dividindo em condutos ainda menores até o bronquíolo terminal ou respiratório, que formam finalmente os sacos aéreos ou alvéolos. Em volta de cada alvéolo há uma rede de capilares sanguíneos. Nos pulmões o oxigénio passa por difusão dos alvéolos aos capilares sanguíneos e o bióxido de carbono dos capilares para os alvéolos.
Nos tecidos corporais o oxigénio passa do sangue e líquidos corporais às células, e o bióxido de carbono no sentido oposto, também pelo processo de difusão. As funções metabólicas normais das células requerem um fornecimento constante de oxigénio e, por sua vez, produzem bióxido de carbono como resíduo, portanto a carga de bióxido de carbono nas células é maior e a de oxigénio é menor em relação à dos capilares, o que produz a difusão de uma zona de maior concentração a outra de menor.





Hematose Pulmonar





Curiosidades:

Os pulmões contêm quase 2400 quilómetros de vias aéreas e mais de 300 milhões de alvéolos.

As plantas são nossas parceiras na respiração. Nós inspiramos oxigénio e expiramos dióxido de carbono. As plantas absorvem o dióxido de carbono e largam oxigénio.

As pessoas têm tendência para apanhar mais constipações no Inverno porque passam mais tempo dentro de casa e mais tempo perto de outras pessoas. Quando uma pessoas espirra, tosse ou até mesmo respira, os germes passam para o ar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Conteúdo - O Sistema Nervoso

A nossa sobrevivência depende, em primeira instância, de uma infinidade de reflexos, esses gestos automáticos que podemos treinar para torná-los mais eficazes e evitar que se deteriorem à medida que a idade avança.

Final de uma importante competição futebolística. O desafio saldou-se por um empate. As equipas disputam a vitória num tenso duelo de grandes penalidades. Um dos guarda-redes resiste melhor à pressão, adivinha a trajectória de quatro remates e consegue evitar dois golos, averbando o título para a sua equipa. Intuição, sorte? Na opinião dos neurologistas, é tudo uma questão de reflexos, um fenómeno abrangido pela capacidade motora de reacção do indivíduo.

Embora com origem no córtex cerebral, pois requer uma percepção a esse nível e um processamento relativamente complexo, este tipo de reacção é quase inconsciente quando a actividade é repetida, estereotipada e treinada. É por isso que podemos conduzir de forma automática, ou que o guarda-redes consegue chegar à bola e defender o penalty quase sem ter consciência do que está a fazer.

Por outro lado, é habitual associar-se o reflexo ao tempo de reacção perante um estímulo. É claro que tem de haver uma percepção, visual ou auditiva, uma decisão e uma resposta, mas, de acordo com os especialistas em medicina do desporto, embora a antecipação seja importante, é possível melhorar essa capacidade ao trabalhar a força explosiva do atleta e através de treinos específicos, destinados a avaliar as suas reacções aos estímulos. No caso de estar relacionado com a visão, treina-se o sentido da vista para o atleta se concentrar nos objectivos importantes.

Recentemente, comprovou-se, por exemplo, que a capacidade visual dos jogadores de ténis está muito desenvolvida. Roger Federer ou Rafael Nadal são extremamente rápidos e certeiros a processar imagens, o que lhes permite maior precisão quando necessitam de reconhecer objectos em movimento e tomar decisões sob pressão. "São muito mais rápidos a detectar a velocidade de um objecto móvel e, também, a decidir quando o tempo urge", explica Leila Overney, do Laboratório de Neurociência Cognitiva da Escola Politécnica Federal de Lausana (Suiça).

O melhor será, sem dúvida, que se possa exercitá-los. Um guarda-redes terá tanto mais reflexos, no sentido da rapidez de reacção motriz, quanto mais treinar. De igual modo, não conseguimos pontuar tanto num jogo de vídeo da primeira vez do que acontece quando já o conhecemos de cor e salteado.

Todavia, a prática não só permite melhorar os reflexos em geral como, sobretudo, aquele que foi treinado específica e sucessivamente. Por outras palavras, um guarda-redes de um clube de futebol não tem de possuir os reflexos indispensáveis para brilhar no ténis, nem um tenista saber defender grandes penalidades: como é evidente, cada pessoa possui determinada capacidade para um desporto, e não para outro.

Por serem decisões conscientes que requerem uma percepção cortical (do nosso córtex cerebral) e posterior processamento, considera-se que a actividade motora complexa se torna semi-automática ou inconsciente quando os gânglios basais (massa cerebral situada na zona profunda dos hemisférios) assumem o respectivo comando.

No entanto, a capacidade de reacção não é apenas importante no desporto. Os neurologistas recordam que os reflexos são fundamentais para a nossa sobrevivência no quotidiano, podendo ser definidos como "movimentos involuntários, rápidos e estereotipados, provocados por um estímulo"; consoante a natureza deste último, podem ser visuais, vestibulares, auditivos, posturais... Por outro lado, as vias reflexas possuem uma componente sensorial que se encarrega de receber a informação e transportá-la até à medula espinal, e um componente efector, que a transmite da medula ao músculo adequado.

Os reflexos são padrões hereditários de comportamentos comuns a toda uma espécie. Através deles, obtemos respostas simples, rápidas e automáticas para a defesa de uma parte ou de todo o corpo diante de um estímulo potencialmente lesivo", explica a dra. Victoria González, uma neurofisióloga espanhola cujos estudos sobre o chamado "reflexo auditivo de sobressalto" (que consiste na contracção generalizada de amplos grupos musculares perante um estímulo sonoro intenso e inesperado) confirmam como são indispensáveis. "Esse abalo brusco, ou susto, é rapidíssimo (ocorre em milésimos de segundo) e é acompanhado de uma reacção do sistema nervoso autónomo: uma descarga de adrenalina e um começo de hiperventilação. Depois, pode produzir-se uma reacção defensiva ou orientativa", explica a especialista.

O reflexo localiza a fonte acústica; se for intensa, os pequenos ossos do aparelho auditivo retesam-se automaticamente para que entre menos som no ouvido interno. Deste modo, protegem-se as células ciliadas, que transformam as vibrações em impulsos eléctricos; distingue-se melhor a acústica de intensidade elevada e ficamos em alerta.

O reflexo auditivo de sobressalto já se pode observar no início da vida. Por exemplo, os bebés com dois meses, que se assustam com o próprio choro, reagem aos ruídos estendendo os braços para a frente, com as palmas das mãos voltadas para cima e os polegares flectidos. Aliás, quando se bate com a mão suavemente junto da cabeça, o bebé abre e fecha os braços. A verdade é que os actos reflexos são considerados um sinal de evolução do próprio feto, nomeadamente no último trimestre de gestação, altura em que o sistema nervoso se torna maduro. São designados por "reflexos arcaicos" e desaparecem dois ou três meses depois do parto. Esses reflexos primitivos que podemos observar no recém-nascido (como o de sucção, da marcha automática, da preensão palmar e plantar, do abraço, etc.) são de origem cerebral e inatos.

As reacções do neonato traduzem-se em movimentos automáticos, que partem do tronco encefálico (a parte mais primitiva do cérebro) e não envolvem qualquer participação cortical, ou seja, não são controlados voluntariamente. Alguns gestos, como chupar o dedo ou dar pequenos pontapés, surgem ainda no ventre materno; quando decidem abandoná-lo, os reflexos ajudam o feto a colocar-se na posição adequada, dar a volta e descer pelo canal do parto.

Todavia, isto é só o começo. Pouco depois de nascer, o bebé já consegue mamar, graças ao reflexos de sucção e deglutição. Em seguida, os gestos primitivos são gradualmente substituídos por outros posturais, como o reflexo tónico assimétrico do pescoço, que relaciona o movimento da cabeça para um lado com o do braço equivalente, o qual se estica, o que se revela muito útil quando se está voltado de barriga para baixo.

A ausência de reflexos primitivos no recém-nascido pode ser indício de alterações neurológicas ou do sistema nervoso. A fim de comprovar o seu correcto funcionamento, o pediatra recorre a uma série de testes, como pô-lo de pé sobre uma superfície dura: o reflexo será inclinar-se e dar alguns passos. Outro teste será meter-lhe o dedo na boca para comprovar se tem o reflexo de sucção, se engole saliva e se volta a cabeça na sua direcção.

Embora estas reacções desapareçam passado algumas semanas, podem voltar a surgir na idade adulta, devido a doenças ou acidentes. Existe um teste (conhecido por "sinal de Babinski") para detectar uma eventual lesão mental ou uma paralisia cerebral: se se estimular a planta do pé e o dedo grande se separar dos outros e flectir para cima (o que é normal em crianças até aos dois anos), constitui um indício de lesão nas vias nervosas que ligam a medula espinal ao cérebro.

Por outro lado, alguns distúrbios neurológicos que produzem lesões no lóbulo frontal, como os acidentes vasculares cerebrais ou a demência frontotemporal, têm como consequência o aparecimento dos referidos reflexos primitivos, indício de que se está a gerar uma doença neurodegenerativa.

Seja como for, os reflexos mais estudados são os osteotendinosos, detectados através da percussão, com um pequeno martelo, de um tendão como o patelar ou rotuliano (no joelho), ou o bicipital (na prega do cotovelo). Com a extensão brusca do músculo, os receptores sensitivos activam-se e enviam um sinal à medula espinal, onde o neurónio-receptor entra em contacto com o neurónio-motor. É desta forma que evitamos esticar bruscamente os músculos para manter o equilíbrio; ou seja, quando estamos de pé, os nossos músculos impedem automaticamente a perda de postura, contraindo-se para evitar a descompensação.

Assim, o teste aos reflexos osteotendinosos destina-se a fornecer-nos informação sobre o funcionamento dos nervos periféricos sensitivos, a medula espinal e o controlo desses reflexos pelo córtex. Através do teste, fica-se a saber, entre outras coisas, que o nível quatro lombar está bem, isto é, que nem os neurónios sensitivos nem os motores desta região da medula sofreram qualquer alteração.

Do mesmo modo que os reflexos arcaicos podem ressurgir por causa de alguma doença, os osteotendinosos podem desaparecer devido a um problema que afecte os nervos periféricos, como a neuropatia diabética. Por sua vez, uma lesão no córtex cerebral pode provocar, em determinados casos, hiperreflexia ou reflexos exagerados. Todavia, mesmo que não haja qualquer problema de saúde, é normal que, com a idade (a partir dos 40 anos, segundo os especialistas), os reflexos comecem a tornar-se progressivamente mais lentos, embora sem afectar a qualidade de vida.

Na velhice, a situação muda. Os idosos têm, naturalmente, uma actividade motora mais lenta, mas certos sintomas, como quedas frequentes, movimentos desajeitados, lentidão em falar, dificuldade em tomar decisões ou inexpressividade facial podem constituir indícios de uma doença degenerativa. Alguns reflexos, como os que controlam a postura, começam a perder-se com a idade, o que favorece as quedas. A verdade é que, na história destes mecanismos automáticos, alguns vão ficando irremediavelmente para trás.

Os reflexos são a resposta do organismo para proteger os sentidos das agressões do meio. Eis alguns dos mais importantes:

Posturais e tónicos. Mantêm a cabeça direita e o corpo na vertical. Utilizam informação do aparelho vestibular, que indica a posição da cabeça no espaço (reflexos vestibulares), e dos receptores nos músculos do pescoço, os quais indicam se estiver flectido (cervicais).

Superficiais ou cutâneos. São desencadeados por estimulação da pele, das mucosas e da córnea. Incluem o reflexo pupilar (dilatação da pupila perante uma dor).

Fotomotor. Contracção da pupila devido a um estímulo luminoso.

Corporais visuais. Movimentos exploratórios dos olhos e da cabeça para ler, por exemplo; e dos olhos, da cabeça e do pescoço perante um estímulo visual. Incluem ainda o reflexo do pestanejo diante de um eventual perigo.

Auditivo. Perante um ruído demasiado forte, favorece a rigidez automática dos pequenos ossos do ouvido, de forma a passar menos som para o ouvido interno

Tussígeno. A irritação da laringe, da traqueia ou dos brônquios produz tosse para eliminar secreções e corpos estranhos.

Nauseoso. Produz vómitos quando se estimula a garganta ou a parte posterior da boca.

Do espirro. Ajuda a expulsar ar e partículas quando as vias nasais ficam irritadas.

Do bocejo. Surge quando o organismo precisa de oxigénio suplementar.

J.M.D.super interessante 148

sexta-feira, 11 de março de 2011

Conceito - Ácido Desoxirribonucleico (ADN ou DNA)

O Ácido Desoxirribonucleico (sigla: ADN; ou em inglês: DNA) é um ácido nucleico que contém toda a informação genética de cada indivíduo, nomeadamente de todos os seres celulares e de grande parte dos vírus. Este ácido consiste numa molécula formada por duas cadeias antiparaledas (em forma de dupla hélice) ligadas entre si por ligações de hidrogénio entre as bases azotadas e é constituído por unidades alternadas de desoxirribonucleótidos, os quais, por sua vez, são constituídos por um açúcar (a desoxirribose), um grupo fosfato e a referida base azotada (ou nitrogenada); esta base pode ser uma purina (Adenina e Guanina) ou uma pirimidina (Timina e Citosina). A Adenina está ligada com a Timina por 2 ligações de hidrogénio e a Guanina com a Citosina com 3 ligações de hidrogénio.

O ADN encontra-se no núcleo das células, nas mitocôndrias e nos cloroplastos e à sequência completa do ADN de cada célula é dada a designação de genoma. O seu principal papel no organismo é o de armazenar as informações necessárias para a síntese e replicação das proteínas. A síntese de proteínas consiste na produção das proteínas que as células e os vírus precisam para o metabolismo e desenvolvimento. A replicação designa o conjunto de reacções por meio das quais o ADN faz uma cópia de si mesmo de cada vez que uma célula se divide e transmite as suas informações às células filhas. Em quase todos os organismos celulares o ADN está organizado na forma de cromossomas, situados no núcleo celular.

A descoberta da estrutura da molécula de ADN foi efectuada em Março de 1953 pelo norte-americano James Watson e pelo britânico Francis Crick, descoberta que lhes valeu o Prémio Nobel da Medicina em 1962, juntamente com Maurice Wilkins.